Percussão dos blocos locais e diversidade de shows marcam último dia de Carnaval no Circuito Batatinha

Na região, a música e os palcos estão em cada esquina

  • R
  • Raquel Brito

Publicado em 13 de fevereiro de 2024 às 22:37

O Cortejo Afro encerrou a programação no Carnaval de Salvador 2024 com um “arrastão” no Circuito Batatinha (Pelourinho)
O Cortejo Afro encerrou a programação no Carnaval de Salvador 2024 com um “arrastão” no Circuito Batatinha (Pelourinho) Crédito: Lucas Moura/Secom

A terça-feira de Carnaval foi marcada pelas percussões no Circuito Batatinha, no Pelourinho. Na região, o dia 13 foi regido pelos micro e nano trios e desfiles de blocos locais, como o Cortejo Afro, o Carnapelô e o Bloco Swing do Pelô.

O Bloco Samba Chile foi outro que tomou as ruas no último dia de Carnaval. Dançando com o marido no ritmo dos batuques que vinham do trio, estava Márcia Bitencourt, de 43 anos. Convidada para desfilar com o bloco, ela disse estar amando a experiência.

"É a minha primeira vez, me convidaram porque faço parte do grupo Sambadeiras do Candeal. Eu amo o Carnaval aqui no Centro, prefiro mil vezes ficar aqui, curtindo de boa", conta.

No Centro Histórico, o Carnaval está em cada rua, com um palco em cada esquina, para todos os gostos. Enquanto, no Largo da Tieta, Larissa Luz e MinistereoPúblico se encontravam sob os holofotes, o palco Sal da Terra era o ponto para os cristãos na folia momesca.

No Largo Tereza Batista, Tio Elétrico, Sarajane e Aloísio Menezes foram alguns dos artistas a se apresentar. Já no Largo Quincas Berro D’Água, o comando ficou por conta de nomes como Gang do Samba, Rafa Pondé e Adão Negro.

No palco principal do Largo do Pelourinho, o dia foi de shows capazes de fazer o chão tremer. O local recebeu Majur, Nara Couto e Hiran no fim da tarde. Às 21h, foi o cantor Baco Exu do Blues que fez os foliões se espremerem na plateia para acompanhar as canções. Duas horas depois, quem ocupou o palco foi o grupo BaianaSystem.

Viviane Melo levou o filho Eduardo, de quatro anos, e a mãe Valdelita para curtir o Carnaval no Pelourinho, onde considera ser mais tranquilo. É o segundo ano consecutivo que ela leva o pequeno. “É mais tranquilo, ele não gosta de muito barulho, então a gente vem para cá. Nós viemos ontem e hoje”, conta Viviane.

Nesta terça, porém, além de levar o filho para a Praça das Artes, ela foi com mais um objetivo. “Eu vou ver a cara de Baco e voltar para casa”, diz, rindo.

O 'Super-Homem do Bahia' também marcou presença. Raimundo Sapucaia, de 82 anos, fez questão de pôr o traje do time de coração para curtir a folia. Nem a viagem do amigo que o acompanhou nos outros dias fez com que ele desanimasse do Carnaval.

"Vim sozinho. É um lugar que não tem tumulto e nem violência. Estou feliz, brincando e alegre. As pessoas pediam muito para eu usar essa roupa de novo e hoje, no último dia, resolvi usar", diz.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela

O Correio Folia tem apoio institucional da Prefeitura de Salvador