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Companhia do Pagode: veja por onde anda o trio por trás do hit 'Boquinha da Garrafa'

Tem gente ex-PM, morador da Itália... confira

  • Foto do(a) author(a) Osmar Marrom Martins
  • Osmar Marrom Martins

Publicado em 1 de março de 2025 às 09:58

Capa do disco Boquinha da Garrafa
Capa do disco Boquinha da Garrafa Crédito: Divulgação

O grupo Companhia do Pagode estourou nos anos 1990 com o hit "Na Boquinha da Garrafa", onipresente nas memórias de baianos e fãs de pagode que viveram a época. Depois, o grupo seguiu carreira, mas teve dificuldade de manter o mesmo nível de sucesso. O CORREIO foi conversar com os integrantes do grupo para entender essa trajetória e mostrar como estão atualmente. 

Lançado em 1995, no auge do pagode baiano, o álbum Na Boquinha da Garrafa obteve grande sucesso comercial, principalmente com a faixa título que teve grande veiculação na mídia. Inclusive álbum recebeu um disco de ouro pela ABPD (Associação Brasileira de Produtoras de Discos), com mais de 100 mil cópias vendidas.

No Carnaval 2025 quando se comemora os 40 anos da Axé Music, fomos procurar saber por onde andam os três integrantes do grupo e o que fazem atualmente o vocalista Diumbanda os dançarinos, Sara Verônica e Tom. O pagode, embora inicialmente não seja entendido como o mesmo estilo musical do axé, também faz parte da cena da Axé Music.

Diumbanda atualmente no comando da banda, dividindo os vocais com Negão Jamaica, vai fazer dois shows em Salvador. “Gostaria de fazer mais”, diz. As outras cinco apresentações serão em Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe. O vocalista ainda conciliou a carreira também como policial militar. Sara Verônica agora trabalha com crianças e Tom é designer e artista plástico na Itália. 

O CORREIO conseguir ouvir os três, principalmente Diumbanda, que ainda está na ativa.

Diumbanda antes e depois
Diumbanda antes e depois Crédito: Divulgação e Arquivo Pessoal

CORREIO - Nesses 40 anos da Axé Music em sua opinião qual a dimensão do sucesso das bandas Companhia do Pagode e depois Boquinha da Garrafa?

DIUMBANDA - Pois é, meu amigo! A importância desses quarenta anos, nós tivemos grandes contribuições. Você sabe muito bem que eu fundei O Gera Samba, Terra Samba e depois Companhia do Pagode, que foi e é um sucesso até hoje no Brasil e no mundo. Então, nós também contribuímos com a Axé Music né? Que é a música baiana, mas é intitulado como Axé Music. Só gratidão pelo povo baiano brasileiro que acolheu e abraçou a história da Companheira do Pagode, tanto quanto Boquinha Da Garrafa.

CORREIO - A música Boquinha da Garrafa foi um grande sucesso e ao mesmo tempo causou polêmica pela coreografia considerada ousada na época. Qual sua opinião sobre isso?

DIUMBANDA - A música tinha um duplo sentido, né? Uma brincadeira que pegou pra todas as idades, mesmo com a crítica. A minha opinião é que levou alegria sem maldade, porque nas músicas de hoje há muitas maldades, né? Quando se fala uma música semelhante a boquinha da garrafa, uma brincadeira, né? Levou alegria pra grandes famílias, para o povo de modo geral. Só tenho a agradecer por ter sido contemplado com a música um hino, até hoje aonde você vai alguém toca. Aonde tem samba, onde tem música, sempre a Boquinha da Garrafa, entra no contexto.

CORREIO - Outro hit foi a Dança do Maxixe. Como vocês criavam coreografias que eram tão importantes quanto as músicas?

DIUMBANDA - Quem fazia era nosso mestre Tom. Ele que criava e que foi muito importante e é importante, sinto muita saudade do meu amigo, do meu dançarino. Ele fez muita coisa boa em prol da música baiana. Dos quarenta anos do Axé Music, Tom fez uma participação muito importante que ele foi um coreógrafo muito sábio.

CORREIO- Você ainda mantém algum contato com Sara Veronica e com o dançarino Tom?

DIUMBANDA - Nunca abandonei nenhum dos dois, nem Sara nem Tom. Inclusive em 2023 Sara participou do Carnaval com a gente. Depois desse ano ela desistiu, disse que não tinha mais condições de dançar. Tom foi convidado, mas disse que estava sem tempo, que ele tem os negócios dele lá e preferiu ficar mesmo. Mas são duas figuras ímpares e que fizeram e fazem parte desse conteúdo, dessa história da Companhia do Pagode e Boquinha da Garrafa.

CORREIO - Nos tempos atuais do chamado "politicamente correto" você acha que a música Boquinha da Garrafa seria cancelada?

DIUMBANDA - Sem sombra de dúvidas que não. A Boquinha da Garrafa se tornou um hino, que em relação a outros hits que tocam aí com outros artistas tá bem por cima, não seria cancelada não. Não vejo porque.

CORREIO - Como você consegue conciliar sua carreira de artista com a Polícia Militar?

DIUMBANDA – Eu sempre tive um privilégio de andar de acordo com os comandantes com quais atuei. Eu tirava licença sem vencimento. Hoje já me encontro aposentado na reserva há dois anos e oito meses. Então só gratidão pela Polícia Militar da Bahia, que me deu a oportunidade de manter essa relação música com a história da briosa 200 anos de Polícia Militar. Gratidão total.

SARA VERÔNICA

Sara Verônica antes e depois
Sara Verônica antes e depois Crédito: Divulgação e Arquivo Pessoal

CORREIO – No Carnaval dos 40 anos da Axé Music, como será o Carnaval de Sara Verônica?

SARA VERÔNICA- Antigamente eu era loucamente louca pela fama, mas nada como o tempo para mudarmos e termos sabedoria. Mudei que tenho filho, casei e aprendi que há tempo determinado para todas as coisas na vida. E meu tempo já passou, vieram outras meninas nova geração no meu lugar e está tudo bem. Eu hoje em dia só quero um lugar no sol e está tudo bem.

TOM

Tom antes e depois
Tom antes e depois Crédito: Divulgação e Arquivo Pessoal

CORREIO - Tom, qual a importância em sua carreira de ter participado como dançarino dessas duas bandas?

TOM - Realizou o desejo de um adolescente que saiu do seu interior da cidade de Irecê. Que sonhava em ser um dançarino famoso. Naquela época, onde era tudo mais difícil em comparação a hoje com a Internet. A Companhia do Pagode me deu essa oportunidade de ser esse dançarino chamado Tom. Nome escolhido na época pelo meu grande empresário Cal Adam.

CORREIO – Há quanto tempo você está fora do Brasil e faz o que, profissionalmente?

TOM - Hoje moro em Roma (Itália) há 20 anos. Aqui trabalho como designer de interiores e também sou artista plástico. Não poderia fazer outra coisa que não fosse ligado a arte. A arte nasceu em minhas veias através da dança, pintura e projetos. A arte está em minha alma.

O projeto Correio Folia é uma realização do jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador.