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Publicado em 11 de outubro de 2018 às 05:00
- Atualizado há um ano
O Brasileirão 2018 chega às dez últimas rodadas a partir do próximo final de semana com o joio devidamente separado do trigo. É a segunda edição mais equilibrada na briga pelo título desde a adoção da fórmula atual (pontos corridos e com 20 clubes), em 2006. Apenas cinco pontos separam o líder Palmeiras do quinto colocado Grêmio. A essa altura do campeonato, a disputa só era tão embolada em 2011 - também com cinco pontos entre o líder Corinthians e o Botafogo, em quinto – e foi ainda mais intensa em 2008, quando somente quatro pontos separavam os cinco primeiros colocados.
A essa altura também já percebemos que a conversa sobre G6 ou G7 não é a realidade do futebol baiano. O Brasileirão do nordestino que torce para time de sua região é mais embaixo. E preocupa ver que as três vagas restantes na zona de rebaixamento são ocupadas por times do Nordeste: Sport, Vitória e Ceará, sendo que este último tem um jogo a menos e pode colocar a Chapecoense em seu lugar (porém só no dia 24, quando enfrentar o Cruzeiro em jogo adiado, já depois de mais duas rodadas serem realizadas). A outra vaga, do lanterna Paraná, certamente ninguém tomará mais.
O prenúncio da tensão extra que virá nos próximos dois meses já foi dado. O torcedor do Bahia e do Vitória começaram a ser agraciados pelas respectivas diretorias dos clubes com promoções no preço do ingresso. O bilhete que em maio custava R$ 40 agora caiu para R$ 10. A lógica da valorização do sócio e do custo alto do futebol dá lugar à necessidade premente de ter um estádio cheio para pressionar o adversário, garantir pontinhos preciosos e poder continuar nessa labuta sofrida, ano após ano, que é disputar a Série A com menos orçamento do que 60% dos outros participantes. O consolo é saber que, no Brasileirão, brigar para não cair implica em disputar classificação para a Copa Sul-Americana, que este ano deve contemplar até o 13º, já que Corinthians e Cruzeiro estão na final da Copa do Brasil.
Se separarmos os 12 primeiros colocados dos oito que brigam intensamente contra o rebaixamento, veremos que a única fuga ao badalado G12 (formado pelos grandes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, times que mais arrecadam no país) é o Atlético Paranaense na zona que hipoteticamente caberia ao Vasco.
Fora isso, nada novo. A briga intensa contra o rebaixamento vai do América-MG, 13º colocado com 32 pontos, até o Sport, 19º com 27. Entre eles, Bahia, Vasco, Chapecoense, Ceará e Vitória – para o lanterna Paraná, a queda parece questão de tempo. O Botafogo, em 12º com 34 pontos, também corre risco. Assim como o Corinthians, que está em 11º com 35 pontos, porém em viés de queda: faz a quarta pior campanha do returno, melhor apenas que Sport, Bahia e Paraná.
O Atlético Paranaense tem uma peculiaridade: é um dos quatro times que não venceram nenhum jogo fora de casa no atual Brasileirão, mas seu desempenho de 74% como mandante, o sexto melhor da Série A, compensa. Os outros visitantes que não ganharam de ninguém são Paraná, Chapecoense e Vasco. O Vitória ainda enfrentará o Atlético-PR no Barradão. E o Bahia terá Paraná e Chapecoense pela frente em Salvador.
Os piores mandantes do campeonato são Paraná, Sport, Ceará e Santos, sendo que o Peixe só é pior que o Vitória em casa por critérios de desempate. Desse quarteto, o Leão ainda jogará fora de casa contra Paraná e Sport. O Bahia terá o clássico Ba-Vi no Barradão.
Herbem Gramacho é editor de Esporte e escreve às quintas-feiras