Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.
Jairo Costa Jr.
Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 06:25
- Atualizado há um ano
A equipe responsável pelas investigações sobre o “Cartel das Placas” no Detran coletou indícios que reforçam as suspeitas de ligação política com o esquema criado há mais de três décadas para dominar o mercado de emplacamento veicular na Bahia. Desde que a ofensiva contra o cartel foi deflagrada, no último dia 10, o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público do Estado (Gaeco) se debruça na análise de documentos, arquivos eletrônicos e celulares apreendidos em endereços vasculhados durante a operação para comprovar o elo entre os alvos do cerco e pelo menos um político, conforme revelado na edição de sexta-feira passada.
Ficha corrida Embora o Gaeco mantenha a identidade em sigilo, a Satélite apurou que se trata de um conhecido político de Salvador, cujo currículo inclui mandatos na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa pelos mais diversos partidos, além de passagem por cargos no governo do estado e prefeitura da capital.
Pelas beiradas Por enquanto, a investigação referente ao braço político do cartel corre fora do inquérito voltado a desarticular a rede de empresas de fachada formada para dominar o comércio de placas, fraudar licitações e lavar dinheiro ilícito do esquema. A determinação do Gaeco é lançar o cerco sobre a esfera política apenas quando existirem provas cabais contra o alvo.
Roda presa Têm sido recorrentes as queixas de parlamentares, prefeitos e secretários ao que classificam como “morosidade” nos trabalhos do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) durante a pandemia. Apesar da limitação gerada pela covid-19, processos e denúncias de irregularidades estão parados ou tramitam em marcha lenta há meses na corte.
Grita geral À coluna, políticos e autoridades reclamam que não conseguem acesso a nenhum conselheiro do TCM e nem contato direto com auxiliares mais próximos a eles. Dificuldade que, alegam, tem causado dor de cabeça tanto aos denunciantes quanto aos denunciados.
Fora do batente A falta de quorum vem derrubando sucessivas reuniões da comissão especial criada pela Assembleia para avaliar os impactos do coronavírus. A última queda ocorreu anteontem, por baixo número de deputados que integram o colegiado - oito titulares e quatro suplentes. Mesmo com reuniões virtuais, o que facilita a participação, a presença tem ficado aquém do exigido pelo regimento. O presidente da Comissão, Angelo Almeida (PSB), até gasta saliva para atrair os parlamentares, mas a turma não se sensibiliza.
Perto do aperto Na cúpula do governo do estado e da prefeitura de Salvador, a hipótese de lockdown para conter a escalada do vírus se torna cada vez mais real. A avaliação é a de que só o jogo duro será capaz de barrar a ascensão da curva.“Nós não podemos dar mais um cheque em branco ao Executivo. Esse aumento de endividamento do governo do estado pode, inclusive, descumprir a legislação fiscal” - Sandro Régis, deputado do DEM e líder da bancada de oposição na Assembleia, ao criticar o pedido do governador Rui Costa (PT) para que o Legislativo autorize um novo empréstimo de R$ 1,5 bilhão junto ao Banco do Brasil