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Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2021 às 21:08
- Atualizado há 2 anos
Integrantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) informaram nesta sexta-feira (2,) que vão apurar registros de aplicação de vacina da AstraZeneca contra a covid-19 fora da validade. Leia mais: Secretarias de saúde negam que Bahia aplicou vacinas vencidas da Oxford Um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo apontou que cerca de 26 mil notificações de aplicações de doses vencidas. O Ministério da Saúde e os Estados afirmam ter distribuído os lotes dentro do prazo. Já as prefeituras negam injeções irregulares de doses, afirmam haver erros de registro e preveem fazer nova checagem dos dados. Tanto o Conass quanto o Conasems não descartam possibilidade de erro do sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que desde o início da campanha de vacinação apresenta instabilidade no registro de dados. "O número de casos identificados corresponde a 0,0026% de todas as doses aplicadas no país, sendo necessária ponderação e investigação quanto à aplicação das doses e preenchimento das informações", dizem os conselhos em nota. A resposta segue a linha do Governo da Bahia e da Prefeitura de Salvador. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) negaram que tenham aplicado vacinas contra a covid-19 fora do prazo de validade. Segundo as secretarias, a informação do levantamento está errada. Em Salvador, teriam sido 824 doses do imunizante aplicados, em 25 postos de saúde. Segundo levantamento, na Bahia, mais de 70 municípios teriam aplicado a dose fora do prazo, a maioria somente uma vacina. De acordo com a Sesab, o estado “não distribui vacinas com validade vencida ou com prazo de validade pequeno”. Os lotes vencidos que teriam sido distribuídos pelo Ministério da Saúde (MS), segundo a Folha, foram: 4120Z001 (29/03), 4120Z004 (13/04), 4120Z005 (14/04), CTMAV501 (30/04), CTMAV505 (31/05), CTMA506 (31/05), CTMAV520 (31/05), 4120Z025 (4/06). "Conforme explica a superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa), Rívia Barros, os imunizantes foram aplicados no prazo de validade, mas a notificação, ou seja, o registo no sistema do Ministério da Saúde ocorreu depois da data de vencimento da vacina", nega a Sesab, por meio de nota. A secretaria diz ainda que pode ter acontecido um erro de digitação no sistema do Ministério. Já a pasta da Saúde de Salvador informou ao CORREIO que não houve aplicação de doses vencidas na cidade. “A capital baiana recebeu dois dos lotes mencionados na reportagem - Lote CTMAV506 / Lote 4120Z005 – e todas as doses foram administradas antes da data de vencimento dos imunizantes”, comunicou a SMS, por meio de nota. >