Empresas suspeitas de envolvimento com PCC são alvo de operação

São quatro mandados de prisão e 52 de busca e apreensão

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Publicado em 9 de abril de 2024 às 10:04

Operação Fim da Linha
Operação Fim da Linha Crédito: Divulgação/MP

O Ministério Público de São Paulo realiza, nesta terça-feira (9), a Operação Fim da Linha. O alvo da operação são empresas de ônibus suspeitas de ligação com a facção criminosa PCC. Segundo o MP, as "organizações criminosas" lavam dinheiro do tráfico de drogas, roubos e outros ilícitos.

A Receita Federal identificou esquemas tributários para lavagem de dinheiro do crime organizado. Mesmo em anos em que registravam prejuízos, as empresas alvo da operação distribuíam ganhos milionários a seus sócios, segundo a Receita.

São quatro mandados de prisão e 52 de busca e apreensão. A Justiça determinou bloqueio de mais de R$ 600 milhões em patrimônio. Em um dos imóveis, os agentes encontraram fuzis, dinheiro e joias. 41 alvos são da cidade de São Paulo e os demais de Barueri, Cotia, Guarujá, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Itu, Mauá, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo e São José dos Campos.

Já foram presos Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como "Pandora", dono da Transwolff, e Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da Transwolff, e Joelson Santos da Silva. Elio Rodrigues dos Santos, que não era alvo da operação, foi preso em flagrante por porte ilegal de armas. Um mandado de prisão ainda não foi cumprido.

Juntas, a UPBUs e Transwolff transportam quase 700 mil passageiros por dia na zona leste e sul de São Paulo. "A operação está 100% ativa. As autoridades não retiveram os veículos na garagem, permitindo a saída de todos os ônibus", explicou o secretário executivo de Transporte de SP, Gilmar Pereira Miranda, em entrevista à TV Globo.