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Segundo juíza, José Lázaro Margulies participou de "conspiração maciça em todo o mundo"
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 15:45
- Atualizado há um ano
O empresário brasileiro José Lázaro Margulies foi condenado pela por um tribunal do Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos, à liberdade condicional de dois anos, nesta terça-feira (21), por atuar como intermediário em um esquema de troca de suborno pelos direitos de transmissão de partidas de futebol para canais de televisão sul-americanos.
De acordo com a juíza Pamela K. Chen, José Margulies, de 80 anos, participou de uma "conspiração maciça em todo o mundo" entre 1991 e 2015, em que teria recebido US$ 80 milhões (cerca de R$ 256 milhões) em propinas. "Este é um crime sério", disse a magistrada, ao afirmar que tal conduta fez parte do "escândalo da Fifa, que "destruiu a credibilidade do futebol profissional".
No início das investigações, sempre que fora procurado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, José Margulies jamais assumira ter intermediado pagamentos ilegais quando trabalhava com a venda de direitos de transmissão para a empresa de marketing esportivo Traffic, do também empresário José Hawilla, morto em maio de 2018.
José Margulies trabalhou por mais de 20 anos ao lado de J Hawilla, que se declarou culpado de diversas acusações envolvendo extorsão, lavagem de dinheiro, fraude e outros delitos.
Este ano, José Margulies foi para os Estados Unidos e aceitou colaborar com os investigadores. "Eu sabia que o que estava fazendo estava errado", disse o empresário, acrescentando que não havia ninguém para culpar além de si mesmo.
Além da condenação, José Margulies também foi proibido de trabalhar com esportes, televisão e marketing. Ele já pagou mais de US$ 9 milhões (R$ 37,8 milhões) ao governo dos Estados Unidos