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Pesquisas têm discrepância de resultados nas eleições em São Paulo

Os institutos Datafolha e AtlasIntel divulgaram, nesta quinta-feira (8), novas pesquisas de intenção de votos para prefeito da capital paulista

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  • Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2024 às 16:18

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos Crédito: Wilson Dias/Agência Brasil | Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Os institutos Datafolha e AtlasIntel divulgaram, nesta quinta-feira (8), novas pesquisas de intenção de votos para prefeito de São Paulo e o que chamou a atenção foi a discrepância dos resultados. Enquanto a primeira apontou uma situação de empate técnico entre o candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), com 23%, e o deputado federal Ricardo Boulos (Psol), 22%, a segunda trouxe um cenário em que o deputado federal tem quase 8 pontos percentuais à frente do emedebista, 32,7% a 24,9%. Os números são da sondagem estimulada, quando o pesquisador apresenta os nomes dos candidatos ao eleitor.

Motivos diversos explicam a divergência. Eles vão desde a metodologia aplicada até o tamanho da mostra. O Datafolha realiza suas enquetes presencialmente, em pontos de grande fluxo de pessoas, a exemplo de estações de metrô ou centros comerciais.

Já o AtlasIntel usa uma metodologia batizada de “Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR)”, na qual os entrevistados são selecionados durante a navegação de rotina pela internet. Os eleitores, assim são geolocalizados a partir de qualquer tipo de dispositivo – smartphones, tablets, laptops ou PCs - e motivados por um banner de publicidade digital a responder à pesquisa. Nos dois casos, são feitos balanceamentos para que a mostra final reflita os mesmos percentuais de eleitores do colégio eleitoral analisado (dividido por idade, gênero, renda, cor, religião, escolaridade, etc).

Outras diferenças dos estudos divulgados ontem estão no tamanho da amostragem, datas do campo e margem de erro. O Datafolha ouviu 1.092 eleitores na capital paulista entre a terça (6) e a quarta (7). A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O AtlasIntel consultou 2.037 paulistanos entre 2 e 7 deste mês e a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Os questionários apresentados aos eleitores também são diferentes. Cada instituto elabora suas próprias perguntas a partir do que pretendem investigar. O Datafolha, por exemplo, avaliou dois cenários de primeiro turno, com e sem o apresentador Datena (PSDB). A quantidade de questões feitas aos eleitores pode interferir no humor – logo, na resposta – dos entrevistados, bem como a ordem das perguntas. O AtlasIntel investigou a percepção dos eleitores sobre quais são os principais problemas da cidade de São Paulo. Se esse tipo de perguntada for apresentada antes, pode criar um viés para que eleitor escolha determinado candidato em detrimento de outro.

Um dos clichês dos manuais de marketing político é a afirmação de que pesquisa é retrato do momento, pois só tem o poder de revelar como está a campanha até agora, um momento inicial em que nem todos os candidatos são conhecidos pela maioria dos eleitores. Nesse caso de São Paulo, as sondagens ainda não mediram o impacto da propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV, que só começa em 30 de agosto.