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Agência Correio
Publicado em 8 de julho de 2025 às 20:30
Uma descoberta sem precedentes na China expõe o que pode ser a mais aterrorizante câmara de tortura identificada. Arqueólogos em Harbin encontraram vestígios de um bunker macabro, diretamente ligado à infame Unidade 731, um programa militar japonês da Segunda Guerra Mundial. >
No local, foram descobertos instrumentos de contenção, portas blindadas e câmaras sem ventilação, sugerindo a prática de experimentos brutais. Prisioneiros eram mantidos em total escuridão e isolamento, revelando a natureza hedionda das operações.>
Este bunker de 30 metros, com suas paredes de concreto espessas, é visto como parte de uma rede de instalações ainda a serem exploradas, que permaneceu oculta por décadas. As novas escavações prometem trazer à luz mais detalhes dos horrores cometidos, impactando a compreensão da história.>
O Exército Imperial Japonês criou a Unidade 731 em 1936, camuflando-a como um centro de pesquisa médica. Na prática, era um campo de experimentação humana que testavam armas biológicas, vírus e agentes químicos em milhares de prisioneiros, incluindo civis, soldados e até crianças, durante a Segunda Guerra Mundial.>
O bunker, construído em 1941, funcionou como o maior laboratório de testes humanos da unidade japonesa. Situado em Anda, na província de Heilongjiang, o local abrange cerca de 660 m², configurando um labirinto de câmaras e corredores. Uma sala em formato de U (33 x 20 metros) se destaca.>
Unidade 731
Os relatos e documentos anteriores revelam que as vítimas eram submetidas a doenças mortais, armas químicas e condições de temperaturas extremas. Principalmente, civis chineses e russos foram os alvos desses experimentos cruéis. O portal finlandês Historianet estima que mais de 12 mil pessoas passaram por essas situações aterrorizantes.>
Após o término da guerra, cientistas japoneses envolvidos com a Unidade 731 evitaram a punição judicial. Isso ocorreu devido a um acordo com os Estados Unidos, que concederam imunidade em troca dos dados obtidos nos testes.>
Os americanos utilizaram essas informações no desenvolvimento de armas químicas durante a Guerra Fria, um pacto que lamentavelmente apagou parte da história.>
Para os arqueólogos, o bunker recém-descoberto pode fornecer provas cruciais sobre a verdadeira escala das ações da Unidade 731. As autoridades esperam que esta revelação ajude a manter viva a memória das vítimas e intensifique a pressão por justiça histórica, revelando um passado que precisa ser lembrado>