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Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2020 às 16:37
- Atualizado há 2 anos
A Justiça de São Paulo aceitou uma acusação de estupro contra o ex-BBB Felipe Prior. No despacho, o juiz Guilherme Angeli Feichtenberger determinou que a audiência de instrução e julgamento do caso ocorra em 10 de maio do ano que vem. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.>
"Verifico que as provas que instruem a denúncia demonstram a materialidade do crime e suficientes indícios a atribuir autoria. Não é caso de rejeição liminar, portanto, recebo a denúncia", decidiu o juiz Luiz Guilherme.>
No início de agosto, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Prior por estupro. A ação aconteceu dois dias após da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) concluir o inquérito sem indiciar o arquiteto por dois estupros e uma tentativa de estupro, que teriam acontecido entre 2014 e 2018.>
Os promotores Danilo Romão, da 7ª Promotoria Criminal, e Fernanda Moreti, da Promotoria da Violência Doméstica, denunciaram Felipe Prior por um crime de estupro, com base no artigo 213 do Código Penal Brasileiro.>
O crime teria acontecido em São Paulo, em 2014. A denúncia foi encaminhada para a 7ª Vara Criminal da cidade e vai tramitar sob segredo de Justiça. Por terem supostamente acontecido em outros municípios de São Paulo, os outros dois casos serão enviados aos promotores locais, que irão analisar as denúncias.>
Segundo a delegada Maria Valéria Pereira Novaes, da 1ª DDM, a decisão de não indiciar Prior pelos crimes foi porque ela não conseguiu formar convicção de que ele cometeu os delitos.>
A delegada esclareceu, entretanto, que o relatório final do caso, com 12 páginas contendo levantamento de provas, depoimentos das testemunhas e de Prior, seria enviado ao Ministério Público, que denunciou o arquiteto. Ela ressaltou, ainda, que a conclusão do inquérito pela polícia não inocenta o ex-BBB.>
Ainda segundo a Folha, o arquiteto foi procurado para comentar a decisão da Justiça, mas até o momento a assessoria de Prior ainda não deu um posicionamento sobre o caso.>
Relembre o caso Uma mulher - chamada de Themis pela reportagem da Marie Claire - conta que em 2014, junto com uma amiga, aceitou uma carona de Prior ao sair de um jogo do Interfau, os jogos universitários de Arquitetura.>
Após deixar a outra menina em casa, o ex-BBB teria parado o carro na rua e a violentado. Segundo o relato, ela chegou a ir ao hospital após o ato e um ano após o ocorrido passou a ter crises de pânico, precisando de apoio para ir e voltar do trabalho.>
Outra estudante, chamada na reportagem de Freya, acusa o ex-brother de tentar estuprá-la em 2016, também nos jogos universitários. Prior teria aproveitado seu estado de embriaguez e, dentro de sua barraca, tentou forçar um ato sexual mesmo sem preservativo.>
A terceira mulher que acusa o paulista afirma que foi estuprada em 2018. O ato teria acontecido na mesma situação dos outros dois, no Interfau. Inicialmente, Ísis conta que iniciou relações sexuais de maneira consentida, mas o ex-BBB passou a agir de maneira agressiva e não parou quando ela pediu. Duas testemunhas sustentam a versão da jovem.>
Após os casos, a comissão da Interfau baniu o arquiteto dos jogos. Apesar das acusações, nenhuma das mulheres prestou queixa contra Prior na época. As advogadas Maira Pinheiro e Juliana de Almeida Valente representam as três acusantes, que se uniram para formar a denúncia.>
As advogadas entraram com um pedido de medidas cautelares para que Felipe fosse proibido de manter contato com as vítimas. A solicitação foi acolhida pela Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo e aguarda julgamento.>