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Agência Correio
Publicado em 6 de junho de 2025 às 05:30
Você já se perguntou por que a maioria dos seus sonhos simplesmente some ao acordar? Essa experiência comum não é por preguiça. A ciência explica que existe um mecanismo biológico no cérebro projetado para nos fazer esquecer os sonhos todas as noites. >
Estudos recentes mostram que o cérebro possui um sistema neural dedicado a essa "limpeza" de informações. Células específicas trabalham para que os sonhos, mesmo os mais vívidos, não sejam armazenados na memória de longo prazo, priorizando o essencial.>
Isso significa que sonhamos constantemente, quer lembremos ou não. O processo é tão eficiente que muitas vezes nem percebemos o que sonhamos. Essa ação garante que o conteúdo fantasioso não se misture à realidade, protegendo nossa percepção.>
Células MCH, no hipotálamo, são essenciais para o esquecimento dos sonhos. Ativadas na fase REM do sono, período de sonhos vívidos, elas agem para que o cérebro não os recorde. É um "filtro" natural, descartando informações não úteis para a sobrevivência imediata.>
Acordar durante ou logo após a fase REM aumenta a chance de lembrar do sonho. Ele ainda está na memória de curto prazo, porém é muito instável e pode sumir em minutos. Para reter, é preciso esforço consciente logo ao despertar.>
Manter um diário de sonhos e anotar detalhes assim que acorda é uma técnica eficaz. Também ajuda repetir mentalmente a intenção de lembrar antes de dormir, preparando o cérebro.>
Como melhorar qualidade do sono
Com treino e dedicação, algumas pessoas conseguem ter sonhos lúcidos. Nesses casos, a lembrança é mais clara e duradoura. Isso ocorre porque o cérebro está mais alerta e engajado durante a experiência do sonho.>
O esquecimento dos sonhos tem uma função evolutiva vital. Especialistas acreditam que guardar sonhos confusos ou angustiantes como memórias reais poderia causar confusão entre fantasia e realidade, prejudicando a saúde mental.>
O cérebro age como um filtro seletivo. Apenas sonhos com forte carga emocional ou lembrados logo ao acordar passam por ele. Os demais são apagados, como partes de uma realidade que nunca foi totalmente nossa, protegendo sua percepção.>