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Fernanda Varela
Publicado em 7 de julho de 2025 às 15:00
O câncer de pâncreas, doença que afeta o apresentador Edu Guedes, de 51 anos, e o músico Tony Bellotto, 65, costuma ser uma doença silenciosa e bastante fatal. >
O câncer de pâncreas é considerado um dos mais agressivos da oncologia, principalmente porque tende a apresentar sintomas discretos e tardios, dificultando o diagnóstico precoce. “Por estar localizado em um órgão de pouca sensibilidade, os sintomas geralmente se confundem com os de condições comuns, como dores no estômago ou nas costas”, explicou o oncologista Márcio Almeida, da Oncoclínicas Brasília, em entrevista ao Metrópoles.>
Entre os sinais mais comuns da doença estão:>
1. Perda de apetite e peso involuntário>
O processo inflamatório provocado pelo tumor libera proteínas como a interleucina e o interferon, que inibem a fome. A queda de peso ocorre mesmo sem alterações na dieta ou na rotina.>
2. Alterações nas fezes>
Mudanças na cor, frequência e consistência podem indicar alterações na digestão causadas pela pancreatite crônica, uma condição que interfere na liberação de enzimas digestivas.>
3. Dor persistente no abdômen ou nas costas>
É um dos sintomas mais recorrentes. O crescimento do tumor pode comprimir nervos e órgãos próximos, gerando dores contínuas, especialmente ao deitar ou se curvar.>
4. Indigestão e sensação de estômago cheio>
Tumores maiores podem pressionar o estômago e dificultar seu esvaziamento, levando a náuseas, estufamento e desconforto após as refeições.>
5. Icterícia (pele e olhos amarelados)>
Quando o câncer atinge a cabeça do pâncreas, pode comprimir a via biliar, impedindo a passagem da bilirrubina. “Isso faz com que ela se acumule no organismo, levando à icterícia”, explicou a oncologista Janyara Teixeira, da Rede D’Or, em Brasília.>
Casa de Ana Hickmann e Edu Guedes
De acordo com o manual MSD de medicina, cerca de 90% dos diagnósticos de câncer de pâncreas ocorrem quando a doença já se espalhou para fora do órgão, o que reduz significativamente as chances de cura. O tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia, dependendo do estágio da doença.>
Embora não existam formas específicas de prevenção, especialistas recomendam evitar fatores de risco como tabagismo, obesidade e consumo excessivo de álcool.>