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Conheça Santa Bebiana, protetora dos que bebem e padroeira do vinho

Tá pensando que galhofa é só no Carnaval de Salvador? Santa fictícia representada por um barril de vinho é festejada em Portugal

  • Foto do(a) author(a) Victor Villarpando
  • Victor Villarpando

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 16:30

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Artur Lourenço/Reprodução/Instagram

Um barril carregado numa carroça puxada a burro: assim começa a procissão de Santa Bebiana, que acontece todo início de dezembro, nas ruas da pequena aldeia de Paul, na Covilhã, região da Serra da Estrela, em Portugal. Centenas de pessoas enchem as ruas para comemorar a protetora dos que bebem e padroeira do vinho, Santa Bebiana. Ao longo do caminho o barril vai sendo recarregado (Foto: Marcos Palacios/Divulgação) Acontece que a santa nem existe. Pelo menos não na Igreja Católica. As pessoas, muitas vestidas como frades, celebram a festa, originada no costume de pastores da região que festejavam trocando barris de vinhos e de jeropiga, espécie de cachaça de uvas, segundo reportagem do jornal Urbi et Orbi, da Universidade da Beira Interior.  A festa em 2013: andor com barril passeia pelas ruas (Foto de João Leonardo/Reprodução/Instagram) Ao longo da procissão, o refrão daquele hino católico (Avê, Avê, Avê Maria...) é substituído por “Ó Zé, ó Zé, traga o vinho; ´ó Zé, ó Zé, do branco ou tinto...”. Outra oração que ganha versão especial na festa é o Pai Nosso, substituído pelo “Pai Nosso dos Bêbados” (Santa uva que estais na parreira / purificada sejais sem enxofre e sem sulfato / Venha a nós o vosso líquido / Para ser bebido à nossa vontade / Tanto na taverna como na nossa casa/ E livrai-nos de quebrar a cabeça. Amém!”. A praça da vila de Paul fica lotada quando tem a festa “Santa Bebiana não existe, é uma invenção da aldeia. Mas os locais garantem ser ‘uma tradição antiga, medieval mesmo’. Na praça da aldeia, que fica abarrotada de gente, é pregado um sermão com cunho humorístico e bastante político, como na Mudança do Garcia, em Salvador”, conta o professor Marcos Palacios, que esteve na última edição da festa, em 2017.

Tudo acontece numa aldeia chamada Paul, que fica a cerca de 20 km da Covilhã, maior cidade da região da Serra da Estrela, em Portugal.