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Doc mostra que Sullivan e Massadas estão à altura de Roberto e Erasmo

Série do Globoplay conta a história da dupla que dominou as rádios do país nos anos 1980

  • Foto do(a) author(a) Roberto Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 9 de março de 2024 às 06:00

Michael Sullivan e Paulo Massadas
Michael Sullivan e Paulo Massadas Crédito: Rogerio Vonkruger/divulgação

"Nos anos 1980, era praticamente impossível ligar o rádio ou a televisão e não ouvir um grande hit composto por Michael Sullivan e Paulo Massadas". É assim que começa o texto enviado pelo Globoplay aos jornalistas, para divulgar a série Sullivan & Massadas: Retratos e Canções, que chegou há poucos dias no streaming da Globo.

Vou pedir licença ao leitor, mas é inevitável começar esta coluna plagiando esse material que recebi por e-mail, afinal não há exagero algum em afirmar que a dupla de compositores era onipresente nas rádios há cerca de 40 anos. Fagner, Sandra de Sá, Alcione, Tim Maia, Gal Costa, Joanna, Roupa Nova, Leandro e Leonardo, Xuxa, Roberto Carlos... aí está uma dezena de artistas que gravaram ao menos um grande sucesso de Sullivan e Massadas na década de 1980.

A série em cinco episódios já está disponível no Globoplay e, além de ser um registro importantíssimo sobre a história da música brasileira, é um deleite para quem viveu aquele período. Além dos depoimentos da própria dupla, há os artistas que dão a devida dimensão da importância de Sullivan e Massadas para suas carreiras.

Um deles é Gal Costa, que, depois de gravar a clássica Um Dia de Domingo em belíssimo dueto com Tim Maia, diz que se sentiu patrulhada por imprensa e fãs porque, supostamente, havia apelado para o som "brega" de Sullivan e Massadas. Precisamos de quatro décadas para aceitarmos que Sullivan é um dos maiores melodistas e Massadas, um dos maiores letristas do cancioneiro nacional.

O tom melodramático das letras de Massadas é a sua marca e, se você não se arrepia com os versos de Deslizes - gravada por Fagner - ou com o refrão de Um Dia de Domingo, sugiro que vá logo a um cardiologista: é quase certo que seu coração é de pedra.

Nos cinco episódios, Retratos e Canções mostra a luta da dupla até alcançar o sucesso - Sullivan chegou a viver nas ruas do Rio -, que finalmente chegou em 1983, com Me Dê Motivo na voz de Tim Maia. Juntos, Sullivan e Massadas visitam o estúdio onde compuseram alguns sucessos e passaram madrugadas para criar até quatro canções numa só levada. Ali, resgatam os bastidores de suas composições e surgem histórias muito saborosas.

Xuxa também aparece e deixa claro que deve grande parte de sua popularidade à dupla. Sim, Sullivan e Massadas também criaram músicas infantis e tiveram mais de 40 canções na voz da Rainha dos Baixinhos, como Lua de Cristal e Brincar de Índio.

Uma frase antiga dita por Xuxa e lembrada no doc dá uma ideia do que os compositores representaram para ela. Uma das maiores vendedoras de álbuns da história do Brasil, a Rainha dos Baixinhos reconhecia que não tinha talento para o canto e dizia: "Já vendi 40 milhões de discos e nem sei 'entrar' [na música] na hora certa". Era Massadas que a acompanhava nas gravações e lhe dava um cutucão na hora de começar a cantar. E, mesmo não cantando nada, Xuxa se tornou o fenômeno que foi.

Globoplay, já disponível

Sequestro de avião no Brasil inspira filme nacional

Em 1988, um homem estava indignado com o presidente José Sarney e as dificuldades por que passava na época. Desesperado, sequestrou um voo comercial para um atentado ao Palácio do Planalto. A história inspirou o filme O Sequestro do Voo 375, que chegou ao Star+. No longa dirigido por Marcos Baldini (diretor de Bruna Surfistinha), o piloto Murilo (Danilo Grangheia) se vê responsável pela vida de mais de 100 pessoas a bordo e, mesmo com toda tensão criada pelo sequestrador dentro da aeronave, executa a manobra mais impressionante da sua carreira. Gravado no icônico estúdio Vera Cruz, O Sequestro do Voo 375 tem uma impressionante produção e é muito fiel aos detalhes da época, especialmente na recriação da aeronave.

Star+, já disponível

A vida de Clara Nunes em fotos e textos

Clara Nunes morreu aos 40 anos, em 1983
Clara Nunes morreu aos 40 anos, em 1983 Crédito: Wilton Montenegro/divulgação

A ascensão musical de Clara Nunes está no livro Clara - uma Fotobiografia, que, além de belas fotos, tem depoimentos de Maria Bethânia, Marisa Monte, João Bosco e Dori Caymmi, reforçando a importância da cantora para a música brasileira. O registro iconográfico do livro é organizado por Julio Diniz, professor da PUC Rio e gestor cultural. Além de Diniz, Rodrigo Alzuguir (pesquisador e especialista em música brasileira), Giovanna Dealtry (doutora em letras e autora de Clara Nunes – guerreira), Aza Njeri (doutora em Literaturas Africanas), Luiza Marcier (estilista e designer) e Rodrigo Faour (jornalista e historiador da música brasileira) são os autores dos ensaios do livro. Algumas fotos são de Wilton Montenegro e há imagens dos acervos de veículos como Jornal do Brasil, Estado de Minas, revistas Manchete e O Cruzeiro.

À venda no site da editora Numa (numaeditora.com), por R$ 100