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Ex-sinhazinha do Boi Garantido era agredida e torturada pela mãe, diz inquérito

Empregada doméstica da família fala sobre agressões e uso de drogas

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 17:33

Família de Djidja
Família de Djidja Crédito: Reprodução I Redes Sociais

Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido do Festival de Parintins, era torturada pela mãe, a empresária Cleusimar Cardoso. Investigações da polícia descobriram que a mãe, presa por tráfico de drogas, machucava a filha, que estava fraca e mal conseguia se defender. A informação surgiu em depoimento de uma empregada doméstica da família e está no inquérito do caso, divulgou o portal G1 AM. 

Djidja foi encontrada morta dentro de casa em 28 de maio deste ano, por provável overdose de cetamina. Dois dias depois, a mãe e o irmão dela foram presos. Novas atualizações sobre o caso surgiram com o depoimento da empregada doméstica que trabalhava com a família desde 2022.

A doméstica afirmou à polícia ser testemunha de situações em que a mãe machucava Djidja, que pedia para que as agressões parassem. O inquérito inclui, inclusive, um vídeo do couro cabeludo da vítima com um corte profundo de origem desconhecida.

A funcionária falou também sobre a droga sintética cetamina, muito presente no dia a dia da família. Donos do grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, eles utilizavam o coletivo para promover o uso indiscriminado do entorpecente, alegando que ele levaria os fieis à plenitude espiritual.

Além da cetamina, era ministrado também na família o anabolizante Potenay, usado em animais de grande porte. Já pela manhã, a doméstica conta que via Djidja e Ademar, seu irmão, pedindo analgésicos usando um código.

Ao chegar na casa, a droga era ministrada em uma proporção de 20ml para Djidja, 20ml Ademar e 10ml para Cleusimar. Isso gerou uma dependência química na sinhazinha, denunciada à polícia por familiares no ano passado. Depoimentos contam que Djidja não saía de casa ou recebia visitas, já que estava sempre drogada.

A mãe e o irmão foram presos pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de estupro no caso de Ademar. Além deles, foram denunciadas ao Ministério Público por tráfico de drogas outras oito pessoas, dentre elas, Bruno Roberto da Silva, ex-namorado de Djidja.

No caso da família da sinhazinha, as principais evidências foram ampolas da droga encontradas na casa e em salões de beleza que pertenciam a eles.

A Justiça do Amazonas aceitou as denúncias por tráfico no dia 26 de julho.

As denúncias recebidas pelo MP foram as seguintes:

  • Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja): denunciada por tráfico de drogas e associação para o tráfico - presa;
  • Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico - preso;
  • José Máximo Silva de Oliveira (dono de uma clínica veterinária que fornecia a cetamina): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico - preso;
  • Sávio Soares Pereira (sócio de José Máximo na clínica veterinária): denunciado por tráfico de drogas e associação para o tráfico - preso;
  • Hatus Moraes Silveira (coach que se passava por personal da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas e associação pra o tráfico - preso;
  • Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro em uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas - em prisão domiciliar;
  • Claudiele Santos Silva (maquiadora em uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas - em prisão domiciliar;
  • Verônica da Costa Seixas (gerente de uma rede de salões de beleza da família de Djidja): denunciado por tráfico de drogas - presa;
  • Emicley Araújo Freitas (funcionário da clínica veterinária de José Máximo): denunciado por tráfico de drogas - em prisão domiciliar.
  • Bruno Roberto da Silva Lima (ex-namorado de Djidja): denunciado por tráfico de drogas - em prisão domiciliar.