O lado B de Djonga em sua Inocente 'Demotape'

Rapper mineiro apresenta espetáculo em Salvador no dia 26 de abril na Concha Acústica

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  • Luiza Gonçalves

Publicado em 17 de abril de 2024 às 14:19

O rapper mineiro Djonga, 29, chega a Salvador na sexta-feira, dia 26 de abril
O rapper mineiro Djonga, 29, chega a Salvador na sexta-feira, dia 26 de abril Crédito: Divulgação

O rapper mineiro Djonga, 29, chega a Salvador na sexta-feira, dia 26 de abril, para apresentar na Concha Acústica o espetáculo Inocente Demotape (2023), que une dança, cenografia e letras que revelam uma nova fase nos temas e ritmos do artista. A turnê do álbum já passou por Belo Horizonte, cidade natal do artista, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, recebendo convidados como Filipe Ret, BK, Dougnow e Zulu.

Lançado nas plataformas em outubro de 2023, o álbum traz em suas oito faixas referências das novidades da cena musical brasileira do funk e trap, unidas a influências estéticas e artísticas com que Djonga teve contato durante sua turnê nos Estados Unidos em 2023, como o gênero jersey club. Na capa de Inocente Demotape, o artista traz uma releitura da capa de Perfect Angel (1974), da cantora de soul americana Minnie Riperton.

“Inocente Demotape começou com uma necessidade de fazer música diferente do que a galera está acostumada a esperar ou ver eu fazendo. Foi uma construção bem suave, mais do que todos os outros álbuns meus. Porque eu acho que desta vez eu fiz com um pouco menos de preocupação, no intuito de me divertir com a música, com o processo, de aprender”, revela o cantor.

Para Djonga, foi quase um recomeço: “Não é que eu vá agora só fazer música desse estilo ou que eu nunca tenha feito um 'love song', uma música de zoeira. Mas um trabalho inteiro me dava essa impressão de recomeço”.

Capa do álbum Inocente 'Demotape'
Capa do álbum Inocente 'Demotape' Crédito: Reprodução/Instagram

Autoconhecimento

Ele afirma ainda que esse álbum marca um processo pessoal de autoconhecimento que até então não havia vivido, redescobrindo as relações afetivas, decepções e paixões, expondo esses sentimentos e também sendo um Djonga “observador, porque nem todas as histórias que eu conto são minhas”, acrescenta. Nas letras de Inocente Demotape, Djonga traz temas do cotidiano, brincando com a proximidade entre conceitos que parecem opostos, como a inocência e a malícia, a ingenuidade e a culpa, explorando o amor e suas contradições.

“De onde a gente vem, a gente é muito ensinado a amar, sabe? A acolher, a se apaixonar, a brigar pelo que a gente ama. Talvez a gente não seja ensinado a demonstrar do jeito que a galera é ensinada ou tem oportunidade de acessar. Então, por que não falar disso? A gente não é só a galera que sofre, tá ligado? Nós somos muitas coisas”, afirma o cantor.

No palco, Inocente Demotape se transforma numa experiência de imersão nas letras do cantor, com dança, cenografia e iluminação. Djonga revela que sua referência principal para os shows foi o teatro, inspirado na sua experiência em cena em Madame Satã – Espetáculo Musical Brasileiro (2019), em que interpretou o personagem-título.

“Eu queria incorporar mais a performance e é muito legal estar conseguindo fazer isso. A atmosfera é muito construída pela cenografia, pela iluminação e pelo balé. A cenografia te coloca num ambiente que eu quero que você imagine, igual ao de Cinco da Manhã e de Valeu a Batalha”, diz, referindo-se a duas canções do álbum mais recente dele e que estão no show.

Além das canções de Inocente Demotape, a performance, que terá entre duas e duas horas e meia de duração, traz canções dos outros álbuns do rapper. “Vocês vão ver o Djonga de agora e vão ver o Djonga antigo na mesma proporção”, garante. O cantor, que já se apresentou diversas vezes em Salvador, espera que o público, mais uma vez, cole junto e leve toda sua energia para a Concha Acústica: “A expectativa é que esteja lotado, que o palco esteja quebrando mesmo, que a galera esteja toda lá pra abraçar, pra curtir junto com a gente. Enfim, o resto é comigo, né?”.

SERVIÇO: Show Inocente Demotape. Artista: Djonga. Dia 26 de abril, sexta-feira, 19h. Ingressos: R$ 120 | R$ 60 (segundo lote). À venda no Sympla

*Com orientação da editora Dóris Miranda