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Parque da Cidade vibra em tributo pelos 80 anos de Raul Seixas no Dia Mundial do Rock

Evento reuniu gerações de fãs em uma homenagem emocionante ao legado do Maluco Beleza no Dia Mundial do Rock

  • Foto do(a) author(a) Luiza Gonçalves
  • Luiza Gonçalves

Publicado em 13 de julho de 2025 às 17:48

Parque da Cidade vibra em tributo pelos 80 anos de Raul Seixas
Parque da Cidade vibra em tributo pelos 80 anos de Raul Seixas Crédito: Divulgação/Arisson Marinho

Celebrando o Dia Mundial do Rock, o Parque da Cidade reuniu, na tarde de hoje (13), amantes do rock para uma festa raulseixista mais que especial. Comemorando oito décadas do Maluco Beleza, o show Raul Seixas 80 Anos promoveu uma viagem pela discografia de Seixas, revisitando clássicos como Metamorfose Ambulante, Cowboy Fora da Lei e Sociedade Alternativa, conduzida por Marcos Clement & Banda Arapuka e Rafa Luz & Trio das 7, acompanhados ainda por Marculino e Seus Belezas, Valdir Andrade, Igor Trovanova, Deja e Jajá Cardoso.

Artista e produtor cultural, Marcos Clement explica que realizar homenagens musicais a Raul Seixas já é uma tradição da banda Arapuka desde 2004, e que, em seu octogenário, não seria diferente. “O dia do aniversário de Raul foi instituído como o Dia Municipal do Rock em Salvador, e todos os anos batalhamos para poder realizar esse evento em homenagem ao dia de seu nascimento”, explica.

Para o setlist da ocasião, definido em conjunto com o cantor Rafa Luz, foram selecionadas cerca de 50 canções - desde grandes clássicos até músicas menos conhecidas - que embalaram as quatro horas de show, em solos e duetos com os convidados. “São figuras já conhecidas no universo raulseixista da Bahia e foi fácil reunir essa turma de peso para um evento com grande relevância para a história musical de todos os envolvidos. É uma grande celebração ao nosso Pai do Rock e tem relação direta com os trabalhos musicais dos convidados”, afirmou Clement.

Primeira atração a se apresentar no domingo, Rafa Luz saudou o público destacando a importância de Raul Seixas não só pela consolidação do rock na Bahia em seus feitos no passado, mas também pelo seu legado até as gerações de hoje, abrindo espaço e inspirando novas o bandas, “A obra de Raul está presente desde os meus primeiros passos como artista. Todos os projetos pelos quais passei tinham uma pitadinha do tempero do Raul”, contou, revelando essa influência em seu caminho pessoal. Outro exemplo dessa tradição é a Vivendo do Ócio, representada no evento pelo vocalista Jajá Cardoso, que cantou músicas do repertório de Seixas, como Plunct Plact Zum, além de canções autorais.

FMarina Moreira
FMarina Moreira Crédito: CORREIO/Arisson Marinho

Malucos por Raul

Trajes pretos, barbas e cabelos longos, atitude rock and roll. Tinha criança, adulto e idoso. O importante era curtir o som e partilhar o amor pelo Pai do Rock. Não podiam faltar os gritos, mesmo que simbólicos, de “toca Raul” entre uma canção e outra; afinal, o dia era todo dele. Um amor de fã que se exibia nas dezenas de camisetas com capas de álbuns e fotos de Raul, no coro emocionado em Sapato 36 e S.O.S, e, no caso da varejista Marina Moreira, até em uma tatuagem.

“Carrego na pele Raul, aqui no meu braço. Ouço ele há 25 anos, é meu ídolo maior e também admiro todas essas bandas que estão aqui hoje. E a nossa missão é continuar levando a obra dele para as futuras gerações. A primeira vez que ouvi Raul Seixas foi aos 13 anos, com Let’s Sing, quando eu nem sabia que era ele, e, depois disso, não parei mais. Todo ano estamos aqui celebrando”, compartilhou, animada.

Para muitos fãs, gostar de Raul Seixas já é uma paixão compartilhada com a família. Foi o caso de Ricardo Gomes, 40, que assistiu ao show ao lado dos dois filhos. “Sou fã de Raul há anos e, de tanto ouvir em casa, meus filhos também acabaram pegando gosto. Afinal, como ele mesmo diz: ‘sonho que se sonha junto é realidade’”, contou. Para Ricardo, as músicas de Seixas atravessam gerações por sua força poética e por estimularem a imaginação. “Isso é para todas as idades”, afirmou.

Paulo Silva, técnico em segurança do trabalho, fez questão de marcar presença no evento e destacou que, para ele, Raul é muito mais que música: é pensamento crítico e brasilidade. “Ouço Raul desde a adolescência e não podia faltar a esse evento de jeito nenhum. Ele conseguiu misturar o rock com o baião, a música americana com a música brasileira. Esse é um grande legado. E, além disso, tem o aspecto social, existencialista. O Raul bota os malucos beleza pra pensar”, refletiu.