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Gabriela Cruz
Publicado em 6 de julho de 2025 às 14:19
Ao longo desses meses, tenho usado esse espaço para falar sobre o que nos atravessa. Já escrevi sobre cansaço, arrependimento, autoconhecimento, vontade de mudar e sobre aquele sentimento persistente de que às vezes a gente não dá conta de tudo. E é curioso pensar que essa coluna nasceu com a proposta de refletir sobre tendências de comportamento ligadas ao consumo. Mas já deu para perceber que não existe consumo — seja de produto, serviço, imagem ou experiência — que esteja separado da forma como a gente se sente.>
A gente consome para se sentir melhor. Para se distrair. Para se lembrar de quem é. Para cuidar das partes frágeis. Mas antes de seguir com a lista dessa semana, um aviso: não adianta fazer nenhuma dessas coisas esperando que elas tragam algum ganho produtivo. A ideia aqui não é otimizar o prazer, nem transformar o descanso em mais uma tarefa que precisa gerar resultado. A gente está tão acostumado a performar, a entregar, a melhorar sempre, que até o lazer virou um campo de produtividade. Se vai ler, tem que ser algo que ensine algo. Se vai cozinhar, que seja uma receita para monetizar depois. Se vai caminhar, que conte os passos. Não é sobre isso.>
É só uma lista de pequenas coisas que você pode fazer por você. Sem foco, sem meta, sem planilha. Só pelo prazer de viver.>
Romantizar a rotina é uma tendência — e vestir a mesa faz parte disso. Flores, velas, texturas, uma taça bonita: transformar uma refeição comum em um pequeno ritual é uma forma simples de criar prazer no dia a dia. Não precisa de data especial, nem de receita elaborada. Só vontade de tornar o cotidiano mais gostoso de viver.>
No domingo (6), às 15h, o Largo Pedro Arcanjo recebe a 12ª edição das Matinês Culturais de Gerônimo, projeto que movimenta o Pelourinho com música e alegria todo primeiro domingo do mês. Nesta edição, participam o cantor Ricardo Chaves e o humorista Psiti Mota. A entrada é gratuita e a programação é para toda a família.>
Na quarta-feira (9), o Purgatório Bar, na Pituba, promove uma noite especial com duas apresentações do guitarrista e cantor Eric Assmar, das 20h às 21h30 e das 23h à 0h30 (o couvert artístico custa R$ 30). Além do repertório de blues-rock, o evento marca o lançamento da nova carta de drinks da casa, inspirada no livro O Paraíso, de Dante Alighieri. O menu da noite leva a assinatura do chef Edu Moraes.>
Participar de oficinas criativas é uma forma de sair do automático e encontrar prazer no fazer manual. Na quinta-feira (10, o Atelier Canela (@ateliercanela), em Salvador, Tati Sampaio recebe a artista argentina Soledad López Gómez para a oficina Xilogravura – Estampagem com Aquecimento em Tecido. Em cinco horas de vivência, os participantes criarão suas próprias obras em tecido, explorando técnicas contemporâneas de impressão com calor. O investimento é de R$ 200 (individual) ou R$ 340 (dupla).>
No domingo (13), a partir das 14h, acontece a primeira edição do Samba do Piramba, no Pirambeira Bar (@pirambeira.bar), na Pituba. A programação reúne música ao vivo, open food e bebidas liberadas em um ambiente descontraído. O cardápio é assinado pelo chef Edu Moraes e inclui petiscos autorais, chope gelado, caipirinhas, drinks exclusivos e um welcome drink de Aperol Spritz.>
No dia 17, o Salvador Norte Shopping recebe a abertura do Festival da Cultura Japonesa com presença do influenciador Heron Hayashi (foto), conhecido como o “moço do guarda-chuva”. O evento acontece na Praça de Alimentação e no piso L3, com apresentação de dança, bate-papo e sessão de fotos com o público. A entrada é gratuita, com vagas limitadas e inscrição pelo app Salvador Norte.>
Prorrogada até 10 de agosto, a mostra Ònà Ìrìn – Caminho de Ferro, de Nádia Taquary, ocupa o MUNCAB com esculturas em bronze, madeira, trilhos e miçangas numa imersão à ancestralidade afro-brasileira. O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 17h (acesso até 16h30), com entrada a R$ 20 (R$ 10 a meia). Às quartas e domingos, a entrada é gratuita.>
Na Coreia do Sul, existe uma competição curiosa: a Space-Out Competition, onde vence quem consegue ficar mais tempo em silêncio absoluto, com a respiração calma e o coração sereno. Criada em 2014 pela artista Woopsyang, a ideia surgiu do esgotamento de um país que quase nunca desacelera. Ficar quieto, sem fazer nada, virou resistência. Talvez valha tentar em casa: desligar tudo e apenas... ficar.>