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Carmen Vasconcelos
Publicado em 25 de julho de 2017 às 18:28
- Atualizado há 2 anos
O coco é ritmo presente nas festas mais tradicionais do nordeste e darão o tom da quinta edição da mostra em 2017(Foto: Divulgação)Entre os dias 26 e 29 de julho (quarta a sábado), sempre às 19h30, os amantes das tradições nordestinas poderão apreciar quatro shows que apresentarão as variações do coco no país. A iniciativa será realizada no Teatro Sesc-Senac Pelourinho e integra a 5ª edição da Mostra Sonora Brasil, que traz como tema Na Pisada dos Cocos. Além de Salvador, o projeto será realizado em Barreiras, Feira de Santana, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista.>
O coco é uma das tradições nordestinas mais presentes na cultura, um dos ritmos mais executados nas festas juninas e se caracteriza pela levada de instrumentos de percussão como o ganzá, surdo, pandeiro triângulo. Repleto de influências indígenas e africanas, o coco também costuma ter o acompanhamento de palmas e sapateados. A tradição popular acredita que o ritmo nasceu da sonoridade que os cocos faziam depois de extraídos e quebrados. Embora alguns estudiosos defendam que o Coco nasceu em Pernambuco, próximo à divisa com Alagoas, os estados de Alagoas e Paraíba também reclamam a paternidade do ritmo. >
Programação>
No dia 26, se apresentará o Coco de Zambê. O grupo do litoral do Rio Grande do Norte se caracteriza pelo uso de tambores: um mais grave e outros feito com tronco de árvores. A música é puxada por um mestre e respondido por um coro de vozes. A dança é realizada numa roda e os músicos se mantém no centro. É praticado apenas por homens e lembra a capoeira e o frevo.>
Na quinta, será vez do Concerto do Coco do Iguape, que traz uma dança mais pulada, com música com refrão fixo, apresentado pelo mestre e cantado pelos brincantes. A dança ocorre em pares, um de cada vez no meio da roda, com trocas constantes marcadas pelo convite feito com o gesto da umbigada. >
No último dia, será a apresentação do Samba de Pareia da Mussuca, de Sergipe. Remanescentes de quilombolas, a dança é realizada pelas mulheres, os homens apenas tocam. A manifestação está associada a um ritual de nascimento, que vem dos antepassados, para comemorar a chegada de uma nova criança no seu décimo quinto dia de vida. >
SERVIÇO>
5ª Edição da Mostra Sonora Brasil>
26 a 29 de julho>
Teatro SESC-SENAC, Largo do Pelourinho, 19>
Ingressos: R$20/R$10>