Whindersson traz o show Proparoxítona à Concha Acústica

Whindersson começou a fazer sucesso em 2012, após paródia de Vó, Tô Estourado (foto: divulgação)

O conceito de “fenômeno” banalizou-se com a internet. Volta e meia, ouvimos falar de alguém que recebe essa classificação, mas que desaparece tão rápido quanto apareceu.Mas se há alguém que realmente merece ser classificado como fenômeno, é o piauiense Whindersson Nunes, que volta a se apresentar na Concha Acústica neste domingo, às 19h, com o espetáculo de humor Proparoxítona.

O jovem humorista de 22 anos, nascido em Bom Jesus, no Piauí, é o dono do maior canal brasileiro: mais de 20 milhões de inscritos, tendo ultrapassado até o Porta dos Fundos, que praticamente parou nos 13 milhões. Mesmo em nível internacional, o piauiense de 22 anos ainda sustenta o título de fenômeno: é o 14º maior canal do mundo. Vale ressaltar ainda que todos os canais que estão à frente de Whindersson falam inglês ou espanhol, enquanto o brasileiro grava seus vídeos em português, idioma que não tem o mesmo alcance daqueles outros. Até fenômenos universais da música perdem para o brasileiro: Ed Sheeran está chegando aos 18 milhões de seguidores, enquanto Ariana Grande tem 17 milhões.Em vídeos que duram de oito a dez minutos, Whindersson brinca com os mais diversos assuntos: desde os problemas que tinha com o boletim na escola até os tapas que levava da mãe quando a desobedecia. Os comentários comparando a vida do pobre à vida do rico também fazem muito sucesso, a despeito do risco de serem considerados preconceituosos: “Nunca tive o problema com eles, até porque meu objetivo não é ofender ninguém”, diz o humorista.As paródias musicais costumam ser os vídeos mais bombados, tanto que seu canal estourou em 2012, depois do clipe de Vó, Tô Reprovado, paródia de Vó, Tô Estourado. Com mais de 9 milhões de visualizações hoje, o clipe viralizou e trouxe milhões de seguidores para o humorista.E não é só entre os adolescentes que Whindersson é popular: as crianças concederam a ele o Prêmio Nick - ligado ao canal de TV infantil Nickelodeon - de melhor comediante de 2016. Mas, ao contrário dos ídolos dos jovens revelados anos atrás, Whindersson não precisou da TV para se aproximar do seu público. No entanto, ele não descarta um dia trabalhar na televisão: “Os jovens ainda assistem TV sim, mas talvez passem mais tempo em redes sociais. A televisão pode entrar nos meus planos sim, quem sabe?”, diz o comediante.Uma carreira internacional, embora não seja seu alvo, não está descartada. Tanto que, depois de passar por Salvador e João Pessoa, ele segue para os EUA, onde vai se apresentar em Boston, Orlando e Miami, ainda neste mês. “Alguns vídeos meus são legendados e farei esses shows nos EUA. A carreira internacional de ser um projeto futuro”, ri.