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Carol Neves
Publicado em 17 de abril de 2025 às 07:26
Em um vídeo gravado nesta quarta-feira (16), o ator Wagner Moura declarou apoio ao deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que enfrenta um processo de cassação de mandato aprovado no Conselho de Ética e aguarda votação no plenário da Câmara. Moura destacou a greve de fome iniciada pelo parlamentar, afirmando que Glauber está "lutando pela sua dignidade e pela manutenção legítima de seu mandato". >
O ator criticou a movimentação pela cassação, descrevendo-a como uma ação com "evidente teor de perseguição política". Ele ainda afirmou: "O que está acontecendo é grave porque eu quero me solidarizar com ele como um deputado por quem eu tenho admiração, uma figura política de coragem, que está sofrendo as consequências exatamente por ser o político que é e dizer as coisas que diz".>
Sobre a greve de fome, Moura a definiu como uma "medida desesperada para combater essa injustiça que é o que aconteceu na comissão de ética, mas é uma medida extrema. Então eu quero aqui me solidarizar com ele". O vídeo do ator circulou nas redes sociais, ampliando o debate sobre o caso.>
Uma semana de greve>
Glauber completou, na madrugada desta quarta-feira (16), sete dias em greve de fome em protesto contra o processo que pode cassar seu mandato. O caso teve avanço após o Conselho de Ética da Câmara aprovar, na última quarta (8), por maioria de votos, o parecer favorável à cassação, relatado por Paulo Magalhães (PSD-BA).>
O deputado é acusado pelo Partido Novo de quebrar o decoro parlamentar após um incidente em que teria agredido e expulso um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) do prédio da Câmara. O deputado, no entanto, nega parcialidade no processo e afirma ser vítima de perseguição política, citando suposta interferência do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).>
Desde o início do protesto, o parlamentar dorme em um dos plenários das comissões da Câmara — o mesmo onde ocorreu a reunião que aprovou o avanço da cassação. Ele alega que a expulsão do militante do MBL foi usada como pretexto para uma retaliação e que seu jejum é uma resposta ao possível envio do caso ao plenário principal, que decidirá definitivamente sobre seu mandato.>