Ressaca no circuito: maior parte de atendimentos é por excesso de bebida

Confira dicas para não sofrer intoxicação alcoólica

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  • Kalven Figueiredo

Publicado em 1 de março de 2019 às 13:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga / CORREIO

Muita gente acabou exagerando na bebida no primeiro dia oficial do Carnaval de Salvador. Folião com quadro de intoxicação alcoólica foi a maior demanda (58) de atendimentos dos postos de saúde dos circuitos da festa - seguido por dor (42), agressão (30) e ferimento acidental (30).

Ao todo, foram 370 atendimentos gerais da noite, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) - redução de 1,6% em relação ao ano de 2018. No circuito Barra/Ondina. o órgão contabilizou 282 atendimentos, enquanto no Campo Grande foram 88. Houve aumento de atendimento nos postos do circuito Barra/Ondina de 8% em relação a 2018, e redução de 23,5% no circuito do Campo Grande.

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Dos 370 atendimentos, 291 foram clínicos; 34 ortopédicos; 28 bucomaxilofaciais; 15 cirúrgicos; e 2 de enfermagem. Houve redução de 33,33% dos atendimentos de enfermagem, de 28,57% dos cirúrgicos e de 28,21% dos de bucomaxilofacial. Os atendimentos por intoxicação alcoólica e agressão física reduziram, respectivamente, 10,77% e 38,78%.

Para evitar ser vítima de uma intoxicação alcoólica, o médico Ivan Paiva, também gerente executivo de atenção às urgências da Secretaria Municipal da Saúde, dá dicas para não passar do ponto na bebida: o primeiros passo é manter uma boa alimentação e hidratação para minimizar os efeitos do álcool no corpo.“É importante não cometer excessos. Intercalar o uso do álcool com a ingestão de água evita a desidratação que pode potencializar o efeito da bebida alcoólica no corpo. Também é importantíssimo estar bem alimentado e evitar o jejum antes de ir à festa", diz Paiva. Ele alerta também sobre o perigo de ingerir bebidas de barraquinhas que produzem os próprios drinques. "Bebidas como 'príncipe maluco', 'capeta' e outras proibidas pela Vigilância Sanitária são de procedência duvidosa. Ninguém sabe como foram produzidas e quais substâncias contêm em sua composição e que podem causar danos à saúde. Nossos fiscais sanitários estão coibindo a venda dessas bebidas e orientamos aos foliões que não façam consumo desses produtos", lembra.

Mulheres na maca As mulheres foram a maioria entre os pacientes atendidos (51,35%). Enquanto a faixa etária mais frequente foi a jovem de 20–29 anos (39,46%), seguida da de 30–39 anos (22,43%). Outro destaque apontado foi a redução das intervenções cirúrgicas (bucomaxilofaciais) registradas,que tiveram queda de 28,2% em comparação com Carnaval de 2018.

O número de transferidos também foi considerado baixo pelo secretário municipal da Saúde, Luiz Galvão. No total foram apenas 14 pacientes, que segundo ele não corriam perigo de vida, mas precisaram ser transferidos por medida de prevenção.

Os principais motivos de transferência foram para avaliações especializadas (9), radiológicas (2) e tomográfica (1). A maioria dos casos foi direcionado para a UPA Vale dos Barris (5) e Hospital Português (2).

“Para a saúde este balanço é bastante animador. Tivemos uma redução de 1,6% dos atendimentos totais do circuito. O que me deixa mais tranquilo é que o número de agressões, dados cirúrgicos e dados de lesões bucomaxilar também tiveram uma queda em relação ao ano passado”, avaliou o secretário. 

Ao todo, os circuitos contam com dez módulos assistenciais instalados pela Prefeitura e funcionam de forma ininterrupta (24 horas) até a Quarta-feira de Cinzas.

*Com orientação do chefe de reportagem Jorge Gauthier