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Alan Pinheiro
Publicado em 19 de junho de 2025 às 17:00
Com o avanço da regulamentação e a explosão do mercado de apostas esportivas no Brasil, cresce também a responsabilidade das plataformas e do poder público em garantir a proteção dos usuários, especialmente os mais vulneráveis. Estima-se que o país ultrapasse os R$ 100 bilhões em volume de apostas em 2025, o que exige um debate urgente sobre práticas de jogo responsável.>
Para Ricardo Santos, cientista de dados e fundador da Fulltrader Sports, o amadurecimento do setor deve andar lado a lado com ações de educação e prevenção. Segundo ele, plataformas que oferecem recursos educativos não apenas atraem consumidores mais conscientes, mas também ajudam a reduzir problemas relacionados ao comportamento de risco, tornando o mercado mais sustentável.>
Operadoras já implementam mecanismos de controle financeiro, como limites de depósito, alertas de uso excessivo e sistemas de autoexclusão temporária. Além disso, cresce o número de plataformas que investem em conteúdos explicativos sobre como funcionam as probabilidades, a lógica das odds e o impacto de decisões impulsivas.>
Ricardo Santos
Cientista de dadosCom a popularização das apostas esportivas, campanhas de conscientização passaram a ocupar espaço nos canais das próprias operadoras, em parceria com influenciadores e analistas.>
A preocupação com os impactos sociais das apostas também envolve o público mais jovem, especialmente diante da presença de conteúdo sobre o tema nas redes sociais. A facilidade de acesso, combinada ao apelo emocional de campanhas mal direcionadas, pode favorecer a formação de hábitos prejudiciais.>
Ricardo alerta que a regulamentação brasileira precisa avançar não apenas no controle legal, mas também na formação do público. "Estamos falando de proteger um mercado em expansão. Incentivar uma relação saudável com as apostas deve ser parte da estrutura das plataformas, e não uma iniciativa paralela", afirma.>