Bahia tem a segunda pior campanha como visitante entre os clubes que brigam pelo G6

Aproveitamento longe da Fonte Nova é desafio do tricolor na disputa por vaga na Libertadores

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 24 de setembro de 2024 às 05:00

Rogério Ceni colocou em dúvida a briga do Bahia por uma vaga na Libertadores
Rogério Ceni colocou em dúvida a briga do Bahia por uma vaga na Libertadores Crédito: Letícia Martins/EC Bahia

Em busca de uma vaga na Copa Libertadores da América, o Bahia tem a campanha fora de casa como grande pedra no sapato no Campeonato Brasileiro. Contra o Fortaleza, no último sábado, o tricolor foi goleado por 4x1, no estádio Castelão, e perdeu a chance de abrir distância para os concorrentes. Um reflexo do que tem sido o caminho do Esquadrão longe de seus domínios.

Após 27 rodadas da Série A, o time baiano tem apenas a 9ª melhor campanha como visitante entre todos os clubes da competição. Das 14 partidas que fez fora de Salvador, o Bahia venceu apenas três, contra Botafogo, Athletico-PR e Grêmio. A equipe do técnico Rogério Ceni empatou outros quatro duelos e saiu de campo derrotada sete vezes.

O desempenho fez o tricolor conquistar apenas 13 dos 42 pontos disputados fora da Fonte Nova, o que representa um aproveitamento de 31%. Entre os times que hoje brigam pelo G6, o Esquadrão só tem trajetória como visitante melhor do que o Vasco, que somou 11 pontos em 13 jogos. Já o Cruzeiro tem números iguais aos do Bahia, mas é superado no saldo de gols e aparece na 10ª posição. Enquanto isso, Flamengo, São Paulo, Internacional e Atlético-MG estão à frente do clube baiano neste ranking.

CAMPANHA DO BAHIA COMO VISITANTE NA SÉRIE A

  • 14 jogos
  • 3 vitórias
  • 4 empates
  • 7 derrotas
  • 13 pontos
  • Aproveitamento: 31%

A diferença na força tricolor dentro e fora de casa fica evidente quando as campanhas são comparadas. Jogando na Fonte Nova, o Esquadrão conquistou 29 dos 42 pontos que possui, o que lhe garante, atualmente, a 5ª melhor campanha como mandante. Diante do apoio da torcida, o aproveitamento salta dos 31% para 74,4%. Foram nove vitórias, dois empates e duas derrotas em 13 partidas.

CAMPANHA DO BAHIA COMO MANDANTE NA SÉRIE A

  • 13 jogos
  • 9 vitórias
  • 2 empates
  • 2 derrotas
  • 29 pontos
  • Aproveitamento: 74,4%

A boa notícia é que, nos dois próximos jogos, a equipe vai atuar em Salvador. No domingo, encara o Criciúma, às 18h30. Já no dia 5 de outubro, o rival será o Flamengo, às 19h. Até o fim do Brasileirão, o Bahia terá mais 11 compromissos. Seis deles serão na Fonte Nova e cinco na condição de visitante.

“É incrível a mudança comportamental de um jogo dentro de casa para um jogo fora de casa. É o mais assustador de tudo [...] Dentro de casa, parece que a gente joga numa postura diferente do que fora. Infelizmente, sumimos do jogo”, disse Rogério Ceni, logo após a queda diante do Fortaleza.

ALERTA LIGADO

A derrota pelo placar elástico deixou os tricolores de cabeça inchada, e voltou a ligar um alerta para o time na temporada. Apesar de não ter saído da zona de classificação para a Libertadores, o Esquadrão viu os concorrentes se aproximarem.

O triunfo por 3x1 sobre o São Paulo, fora de casa, fez o Internacional chegar aos 41 pontos. O Colorado tem dois jogos a menos do que o Bahia. Amanhã, enfrenta o Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, em duelo atrasado da 16ª rodada, e precisa de um empate para ultrapassar o Esquadrão. O outro confronto será contra o Flamengo, ainda sem data definida.

A situação do time gaúcho é parecida com a do Atlético-MG, que também tem duas partidas a menos em relação ao Bahia. O alvinegro ocupa a 9ª colocação, com 36 pontos, e ainda enfrenta Grêmio e Athletico-PR em duelos atrasados.

“Nos resta é juntar os cacos do que sobra de uma atuação pífia nossa e que não nos dá a certeza de poder brigar por Libertadores. Pena que são oito dias para ter um jogo e mudar a imagem deixada, que foi muito ruim [contra o Fortaleza]. Espero que os dois [Bahia e Fortaleza] estejam na Libertadores, terminem entre os dez. Fortaleza com 52 pontos, e a gente infelizmente se atrasa com relação a isso e tem que remar muito mais para alcançar esse objetivo”, analisou o treinador do Bahia.