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Esquadrão precisa vencer o time carioca, nesta quinta-feira (12), no Maracanã
Gabriel Rodrigues
Publicado em 10 de setembro de 2024 às 05:00
O Bahia vai viver uma semana decisiva na Copa do Brasil. Nesta quinta-feira, o tricolor encara o Flamengo, às 21h45, no Maracanã, em busca de uma vaga inédita na semifinal da competição mata-mata. Mas, para se manter vivo no torneio, o time do técnico Rogério Ceni terá que quebrar um jejum de cinco anos. Esse é o tempo que o Esquadrão não supera o rubro-negro.
A derrota por 1x0 no jogo de ida, na Fonte Nova, deixou o clube baiano em situação delicada na Copa do Brasil. O tricolor terá que, no mínimo, vencer por um placar simples para levar a decisão para os pênaltis. A vaga na semifinal só será conquistada de forma direta em caso de vitória por pelo menos dois gols de diferença. O Bahia, no entanto, não vence o Flamengo desde 2019.
O último bom resultado da equipe azul, vermelha e branca sobre os cariocas aconteceu no Brasileirão daquele ano. O centroavante Gilberto precisou de apenas um tempo para marcar todos os gols no 3x0 na Fonte Nova sobre o Fla, que, na época, era treinado pelo português Jorge Jesus. Desde então, o Esquadrão não sabe o que é vencer o adversário.
No período de jejum, o tricolor enfrentou o Flamengo nove vezes, entre Salvador e Rio de Janeiro, e foi derrotado em todos os confrontos. Aliás, se forem levados em consideração apenas os jogos como visitantes, o tabu é ainda maior.
O Bahia não vence o rubro-negro carioca fora de casa desde 2011, quando superou o rival por 3x1, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. Titi, Dodô e Souza marcaram os gols da partida, enquanto Renato Abreu descontou.
Já no Maracanã, palco da partida desta quinta-feira, o Bahia não vence há 30 anos. Em 1994, Zé Roberto anotou o gol da vitória baiana por 1x0, no Campeonato Brasileiro. O time - que havia sido campeão baiano com o histórico gol de Raudinei -, era treinado por Joel Santana e contava com jogadores que marcaram história no clube, como o goleiro Jean, o volante Lima Sergipano e os atacantes Ueslei e Marcelo Ramos, além do próprio Raudinei.
Apesar do cenário desfavorável, o técnico Rogério Ceni mantém a confiança na classificação. Logo após o primeiro embate, o treinador destacou que a equipe já conseguiu boa atuação contra o Flamengo fora de casa este ano e tem condição para conquistar a vitória.
“Temos que trabalhar a finalização, tentar chegar com mais peso [...] Por que não pode? Onde está escrito que não pode? Tenho respeito, não tenho medo. Eles têm muitas opções que devem voltar. Mas onde está escrito que é impossível?”, disse o treinador.
VIRADAS
Na história da Copa do Brasil, em quatro oportunidades o Bahia conseguiu dar a volta por cima após perder o jogo de ida. Na primeira edição do torneio, em 1989, o Esquadrão foi derrotado pelo Cruzeiro por 1x0, no Mineirão, mas reverteu a situação ao vencer por 2x0, na Fonte Nova, e avançou na competição.
Já em 1999, o tricolor caiu por 1x0 para o Botafogo-SP, também fora de casa, e conseguiu a classificação após golear o rival por 5x0, em Salvador. Um ano depois, foi a vez do Ji-Paraná-TO bater o Bahia por 1x0 no primeiro encontro e ser atropelado por 5x0 no confronto da volta.
A última virada de placar no torneio aconteceu em 2012. Diante do Remo, o Esquadrão perdeu por 2x1, em Belém. A goleada por 4x0 na volta, em Pituaçu, garantiu a classificação do time baiano.
Em 1994 e 1995, o tricolor também conseguiu reverter o placar após perder para Internacional e Cruzeiro, respectivamente, mas os triunfos nas partidas de volta não foram suficientes para evitar a eliminação pois, na época, o regulamento contava com o gol fora de casa como critério de desempate.