Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2024 às 13:16
Quebrando recorde mundial e superando o também brasileiro campeão de Tóquio, o atleta paralímpico do Brasil Júlio Agripino foi ouro nos 5000 T11 em Paris. O corredor fez a prova em 14min48s85, marca nunca antes alcançada nas Paralimpíadas. >
Em segundo lugar no pódio, ficou Kenya Karasawa, do Japão, com 14min51s48, quase três segundos depois do medalhista de ouro. >
O bronze foi para Yeltsin Jaques, o campeão da modalidade em Tóquio 2020, que fechou a dobradinha brasileira no pódio. Apesar do terceiro lugar, os 14min52s61 foram o melhor tempo da vida de Jaques, superando até mesmo a prova em que levou ouro.>
Jaques também foi medalhista de ouro nos 1500m T11 de Tóquio, detendo o recorde mundial na modalidade com 3min57s60.>
Até então, o Brasil não tinha ganhado medalhas no atletismo em Paris, modalidade que costuma dar excelentes resultados para o país. As expectativas para a prova eram altíssimas, com Yeltsin como bicampeão olímpico e detentor do recorde mundial, que quebrou em Kobe.>
A grande surpresa foi Agripino, que veio da periferia de São Paulo, e começou a treinar em um campinho. "Estou muito feliz, é muita emoção ser campeão paralímpico e quebrar o recorde mundial. Com muita força e determinação eu consegui vencer, sempre tem altos e baixos na vida, mas agora sou campeão paralímpico. Dedico também essa medalha para o meu avô", disse ele.>
Yeltsin, por sua vez, enfrentou uma lesão no período de preparação para as Paralimpíadas, juntamente com uma virose que prejudicou muito seu desempenho. Ainda assim, voltou às disputas e subiu ao pódio pela terceira vez na vida. >
"Consegui voltar, reorganizar a casa e sair daqui com uma medalha. Vou levar um pedacinho da Torre Eiffel para o Brasil", disse o atleta.>