'Estou muito orgulhoso', avalia Paiva sobre seu trabalho no Bahia

Após goleada, treinador falou em coletiva sobre o papel da torcida e sua relação com os tricolores

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  • Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2023 às 04:50

Renato Paiva avaliou seu trabalho no comando técnico do Bahia em coletiva após a partida contra o RB Bragantino
Renato Paiva avaliou seu trabalho no comando técnico do Bahia em coletiva após a partida contra o RB Bragantino Crédito: FELIPE OLIVEIRA/EC BAHIA

Os três pontos conquistados diante do Bragantino neste domingo (20), com triunfo por 4x0, não mudam por completo a situação vivida pelo técnico Renato Paiva no comando do tricolor. Criticado por boa parte da torcida, ainda há desconfiança sobre seu trabalho, mas a equipe e o treinador foram aplaudidos após o apito final na Fonte Nova.

Questionado em coletiva sobre como se sente no comando técnico do tricolor, Paiva ressaltou o orgulho que sente em treinar o Bahia e disse entender a responsabilidade de representar uma torcida grande do futebol brasileiro.

“Desde que cheguei aqui eu valorizei sempre o peso e a paixão dos milhões que sentem o que é o Bahia. Já fui acusado de não respeitar a torcida, mas nunca provaram quando isso aconteceu. Sempre digo: uma equipe tem duas forças, uma delas são os jogadores e a outra, tão importante quanto, são os torcedores. O coração da equipe são os torcedores, para o bem ou para o mal. Eu tenho muito orgulho de ser treinador do Bahia e representar esses milhões que são os torcedores do Bahia. Disse ao Pedro Caixinha que ele ia entrar no estádio e sentir o peso de uma torcida. E ele, de fato, me disse no fim: ‘ambiente extraordinário’”, disse.

Na sequência, revelou que, mesmo com a dedicação ao trabalho, os resultados também passam pelos adversários do tricolor. Por isso, relembrou comentários de outras coletivas e afirmou que aceita as críticas, desde que não atinjam sua vida pessoal

“Deito e acordo todos os dias pedindo para ser o melhor profissional. Para que o Bahia receba minha energia e paixão e que possamos repetir esse tipo de exibição e triunfo. Nem sempre vamos conseguir, porque o torcedor às vezes esquece que tem outro time do outro lado que pode ser melhor que nós. O torcedor só não tem direito de culpar minha filha pelo meu mau trabalho. Essa foi a única parte triste desde que cheguei. Mas tenha certeza que ela e minha família estão orgulhosos pela minha resiliência que tenho em ser treinador do Bahia. E essa resiliência e esse amor são por ser treinador do Bahia e representar toda essa multidão de milhões. Portanto, estou muito orgulhoso”.

Ao falar sobre o legado que quer deixar no clube, paiva foi enfático ao falar sobre idolatria no mundo do futebol e como os resultados impactam na relação que qualquer treinador tem com sua comissão técnica.

"“Torcida é paixão em qualquer parte do mundo. Como eu disse, a torcida vai te idolatrar quando você ganhar. Não adianta crer em outra coisa. Quando digo que jogamos bem e não ganhamos, falo do meu trabalho como treinador. Só isso, não quero influenciar ninguém. Quero ganhar sempre. A parte emocional é aquela que não pode influenciar em mim e nos jogadores. Porque quando o emocional ganha do racional, aquilo que trabalho na semana e projeto para o jogo não vai funcionar. Vai jogar com o coração e não com o cérebro”, iniciou."

Renato Paiva
treinador do Bahia

“Sobre idolatria e paixão da torcida, eu quero ser ídolo para as pessoas que me amam, minha filha, meus familiares e nos meus comportamentos e profissionalismo. A história do futebol está cheia de bons treinadores, que se dedicam e trabalham com paixão, mas a bola não entra para todos. A questão da idolatria tem a ver com ‘você está em primeiro, mas não é primeiro’. Ou ‘você está como um campeão, mas não é o campeão’. Porque nunca se ganha sempre. É um estado de passagem. Por melhor que seja, você não vai ganhar sempre”.