Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Moyses Suzart
Publicado em 3 de agosto de 2025 às 21:44
Como diria Chico Buarque, quem espera nunca alcança. Pela segunda vez no Barradão, o Vitória faz tudo certinho, consegue se manter na frente, mas relaxa antes do apito final, chama o adversário para seu campo e acaba cedendo o empate, como ocorreu contra o Sport. Ontem foi até pior, pois chegou a estar vencendo por 2x0, mas levou dois nos minutos finais da partida e chega ao terceiro empate consecutivo na Série A. Se serve de consolo, há cinco jogos que o Vitória não perde. Mas há três não ganha. >
Renato Kayzer e Erick marcaram para os donos da casa, com noite empolgada de Osvaldo. Pena que não adiantou nada. >
O ritmo da torcida, que cantava e vibrava, distorcia com o Vitória desafinado dentro das quatro linhas. O time não fazia questão da posse e chamava o Palmeiras, que atendia sem cerimônia. Com 3 minutos, o primeiro milagre do anjo Arcanjo. Marcos Rocha invadiu pela direita e bateu rasteiro, para bela defesa de Lucas. Parecia que seria uma noite de sofrência, mas tudo mudou depois dos 20 minutos. >
O começo foi complicado. Se fosse vôlei, o Vitória até estaria bem postado, pois parecia não querer invadir o lado do Palmeiras, se limitando ao seu território. Quando passava do meio de campo, não demorava muito para perder a posse. Lomba só pegou na bola pela primeira vez aos 17 minutos do primeiro tempo, com um chute de Pepê. Contudo, o chute despretensioso foi um gatilho para o jogo mudar de mão.>
Ilusão >
Quando o Leão resolveu jogar futebol, dominou o duelo. Pela esquerda, Osvaldo conseguiu dois bons contra-ataques, mas pecava no último ato. Na primeira, demorou para tocar em Kayzer, que perdeu o tempo da bola. Na segunda chance, até tentou o chute, mas fraco. O vovô conseguiu inclusive meter uma tabaca em Marcos Rocha, o melhor lance do jogo até então. >
Antes de abrir o placar, o Leão perdeu Cáceres, machucado. Claudinho entrou. Contudo, não diminuiu o ritmo. Aos 33 minutos, o Leão foi compensado pela mudança de postura. Ronald Lopes deu belo passe para o artilheiro Kayzer, que bateu rasteiro na saída de Lomba, um goleiro que não tem boas lembranças do Leão. Ele foi o goleiro do Bahia em 2013, nos Ba-Vis das duas goleadas de 5x1 e 7x3. Azar o dele. Aos 40, ele evitou o segundo após uma pancada de Baralhas, que quase marca um golaço. >
No retorno do intervalo, Kayzer quase apronta outra. Logo aos 3 minutos, o atacante chutou rasteiro na esquerda, mas Lomba foi buscar. Mas foi aos 19 minutos que Lomba teve o segundo sabor amargo de levar outro gol do Leão. Erick recebe pela direita, corta Piquerez e bate colocado, uma pintura. O goleiro palmeirense nem saiu na foto. >
Tudo parecia uma festa, mas tinha que ter uma lambuzada numa noite quase perfeita. Ou melhor, duas. Baralhas derrubou Sosa na área, pênalti. Aos 24, o Palmeiras, que até então não tinha feito nada na partida, diminuiu com a cobrança de Piquerez. O jogo manteve o equilíbrio, apesar do Vitória diminuir mais o ritmo. Diminuiu até demais e, já sem Kayzer e Osvaldo em campo, cedeu o empate, aos 40, após cabeçada de Flaco López. O resto é história. >
FICHA TÉCNICA >
Vitória 2 x 2 Palmeiras>
Campeonato Brasileiro - 18ª rodada >
Local: Estádio Manoel Barradas>
Data: 03/08/2025>
Horário: 19h30>
Árbitro: Davi de Oliveira Lacerda (ES)>
Assistentes: Victor Hugo Imazu dos Santos (PR) e Douglas Pagung (ES)>
VAR: Paulo Renato Moreira da Silva Coelho (RJ) >
Transmissão: Premiere>
Gols: Renato Kayzer, Erick (Vitória) / Piquerez (Palmeiras)>
Cartões Amarelos: Renzo López (Vitória) / Micael (Palmeiras)>
Vitória: Lucas Arcanjo; Raul Cáceres (Claudinho), Lucas Halter, Zé Marcos e Maykon Jesus; Baralhas, Pepê e Ronald (Ruben Ismael); Erick (Fabri), Osvaldo (Edu) e Renato Kayzer (Renzo López). Técnico: Fábio Carille. >
Palmeiras: Marcelo Lomba; Marcos Rocha, Micael, Benedetti e Vanderlan (Piquerez); Martínez, Thalys (Vitor Roque) e Raphael Veiga (Lucas Evangelista); Allan (Ramon Sosa), Luighi (Facundo Torres) e Flaco López. Técnico: Abel Ferreira.>