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R$ 600 mil e pensão vitalícia: Flamengo é condenado a indenizar segurança que resgatou vítimas do Ninho

Benedito foi demitido em 2022, após 14 anos de trabalho no clube

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 4 de julho de 2025 às 11:53

Benedeto Ferreira ajudou no resgate das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu Crédito: Reprodução/TV Globo

O Flamengo foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar indenização ao ex-segurança Benedito Ferreira, que atuou no resgate de vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019. Na tragédia, 10 jovens jogadores das categorias de base do clube morreram.

Benedito foi demitido em 2022, após 14 anos de trabalho no clube. Na ação, ele alegou que o Flamengo não comunicou ao INSS o impacto emocional causado pela experiência que viveu no dia do incêndio. O juiz do caso determinou que o clube pague R$ 100 mil por danos morais e R$ 500 mil por danos materiais, além de uma pensão vitalícia até os 78 anos.

A Justiça também ordenou que o Flamengo reintegre Benedito ao quadro de funcionários em até cinco dias. Caso a decisão não seja cumprida, o clube poderá ser multado. O departamento jurídico do Flamengo ainda pode recorrer da sentença.

Um laudo pericial apresentado no processo apontou que Benedito desenvolveu transtornos psiquiátricos como depressão, transtorno de adaptação e síndrome do pânico. O documento afirma que o ex-funcionário apresenta quadro agravado, com sinais de ideação suicida.

O perito responsável concluiu que os problemas de saúde têm relação direta com o trabalho que Benedito exercia no clube, especialmente após o incêndio. Segundo a sentença, ficou comprovado o “nexo causal” entre o trauma vivido e as doenças diagnosticadas.

O juiz também considerou que a demissão do segurança foi irregular, já que o Flamengo tinha conhecimento de que ele estava em tratamento médico. O laudo apontou que Benedito está inapto para exercer sua função ou qualquer atividade similar, devido à gravidade do estado clínico.