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Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2023 às 15:38
Neymar, Cristiano Ronaldo, Benzemá, Firmino e Mané não vão voltar a disputar a Liga dos Campeões da Europa. Ao menos, não enquanto jogarem na Arábia Saudita. O plano de incluir o vencedor da Saudi Pro League na principal competição do Velho Continente foi descartado pelo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin.>
"Um meio de comunicação falou disso sem sequer nos perguntar. Somente os clubes europeus podem participar da Champions League, Liga Europa e Liga Conferência", garantiu o dirigente, em entrevista ao jornal francês L'Équipe.>
A vontade dos times sauditas em participarem da Liga dos Campeões foi expressada por Carlo Nohra, diretor de operações da Liga do país, em entrevista à Bloomberg no início da semana. A ideia é que o vencedor nacional ficasse com uma vaga na competição europeia, que será reformulada em 2024/25. Uma ideia barrada por Ceferin.>
O dirigente ainda rechaçou uma possível ameaça do futebol saudita ao europeu, mesmo com a transferência de vários astros ao Oriente Médio. Para Ceferin, esses jogadores - em fim de carreira ou não - estão sem ambição no esporte.>
"Tem jogadores no fim (da carreira) e os que não são suficientemente ambiciosos para visar as competições top. Pelo que sei, Mbappé e Haaland não sonham com a Arábia Saudita. Os melhores jogadores, no auge, não creio que pensam em ir à Arábia Saudita. Veremos, mas não creio um segundo sequer que isso possa ameaçar nossas competições", afirmou.>
Para o presidente da Uefa, o país do Oriente Médio está adotando uma estratégia similar à da China em 2016 e 2017, com a contratação de jogadores usando de grandes somas de dinheiro. Times da Arábia Saudita já gastaram mais de 845 milhões de euros (R$ 4,5 bilhões) em contratações na atual janela de transferência, algo que não preocupa Ceferin.>
"Isso não é um perigo. Vimos um enfoque similar na China, que comprava jogadores ao final de suas carreiras, lhes oferecendo mundo dinheiro. O resultado? O futebol chinês não se desenvolveu nem se classificou para a Copa do Mundo depois disso. Não é a forma correta de se fazer isso, deveriam trabalhar na formação de jogadores e treinadores, mas esse não é meu problema", disse.>