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Portal Edicase
Publicado em 5 de agosto de 2024 às 15:36
A dor crônica é um desconforto persistente que dura mais de três meses e, em alguns casos, pode continuar por vários anos. Diferentemente da dor aguda, que é um sinal de alerta para lesões, a crônica não desaparece com a cura do problema original. >
Além disso, causa diversos problemas para o dia a dia do paciente, como sofrimento constante, limitações nas atividades diárias, problemas emocionais, como ansiedade e depressão, e redução da qualidade de vida. >
De acordo com dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos (ELSI-Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde, 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos sofrem com dores crônicas. As suas causas podem envolver condições como artrite, fibromialgia, dor lombar crônica, enxaqueca e neuropatia diabética. >
Apesar de serem normalmente englobadas apenas na classificação geral de “dores crônicas”, elas possuem algumas categorias que ajudam a direcionar melhor o seu tratamento, como explica o Dr. Luiz Fеlipе Carvalho, neuro-ortopedista e especialista no tratamento de dor. >
“Saber exatamente que tipo de dor crônica você tem é importante para encontrar o tratamento certo e ter melhores resultados. Com essa informação, o médico pode escolher as melhores opções, como medicamentos ou terapias, para aliviar a dor de forma mais eficaz”, diz o médico. >
Abaixo, confira os principais tipos de dores crônicas: >
Esse tipo de dor acontece quando há alguma lesão ou inflamação nos tecidos. O sistema nervoso sente o problema e mantém o desconforto até que a lesão ou inflamação seja resolvida. Ela pode ser causada por queimaduras, pancadas, entorses, infecções ou outras situações similares. >
A dor neuropática acontece quando há um problema no sistema nervoso . Isso é comum em condições como neuropatia diabética, estreitamento do canal medular, AVC (acidente vascular cerebral), entre outros. Esse tipo de desconforto costuma causar sensações de “agulhadas”, formigamento ou queimação. >
Esse tipo de dor pode ser causada por problemas físicos, como dores de cabeça e hérnia de disco, ou por distúrbios no sistema nervoso, conhecidos como neuropatias. >
Segundo o Dr. Luiz Felipe Carvalho, além do tipo de dor, existem outros fatores que contribuem para definir qual será o tratamento usado. “Para encontrar o tratamento ideal para dores crônicas é preciso considerar diversos fatores, a idade do paciente, seu histórico de saúde, a intensidade, a gravidade e o tipo das dores”, explica. >
Ademais, os tipos de tratamento também são variados. “Para tratar dores crônicas, há diversas abordagens disponíveis, como o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor, terapias físicas, técnicas de manejo da dor e, em alguns casos, intervenções mais avançadas, como bloqueios nervosos, tratamento com células-tronco ou procedimentos cirúrgicos”, completa o médico. >
Apesar da dor crônica ser contínua para todos os pacientes, a sua intensidade pode variar em cada caso a depender de algumas variáveis, explica o neuro-ortopedista. “A dor é uma sensação desagradável que envolve tanto o corpo quanto o lado emocional e psicológico. Cada pessoa aprende a descrever a dor com base em suas próprias experiências, tornando-a sempre subjetiva e única para cada um”, afirma. >
O médico explica que a percepção da dor varia muito de pessoa para pessoa por diversos motivos, como a genética, o estado emocional, experiências passadas e a saúde geral. Isso significa que a mesma dor pode ser sentida de maneiras distintas por pacientes diferentes. >
Por Adriana Quintairos >