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Enfermeira explica como esse gesto simples e rápido pode ajudar a salvar vidas
Portal Edicase
Publicado em 4 de junho de 2024 às 14:29
Fazer uma doação de sangue pode ser mais do que um simples gesto de solidariedade. Trata-se de um ato de cuidado e compaixão. Em 14 de junho, celebra-se o Dia Mundial do Doador de Sangue e, para memorar a data, foi criado o Junho Vermelho, visando incentivar a população a doar sangue. Criada em 2015 pelo Ministério da Saúde, a campanha projeta aumentar o estoque de bolsas sanguíneas nos hemocentros, já que as reservas são mínimas nesta época do ano.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 1,6% dos brasileiros doam sangue, sendo o número ideal entre 3% e 5%. Em parte, isso acontece porque muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como e onde doar, quais os requisitos para ser um doador e os principais cuidados após o procedimento.
Pensando nisso, Izabelly Miranda, enfermeira e CEO da Cuidare Brasil, rede de cuidadores de pessoas, esclarece algumas questões a respeito do gesto solidário, capaz de salvar até quatro vidas com apenas uma doação. Veja abaixo!
Para fazer a doação é preciso estar em boas condições de saúde e não apresentar nenhuma comorbidade. É necessário ter idade entre 16 e 69 anos. O peso do indivíduo também é levado em consideração, é preciso ter no mínimo 50 kg. Antes de doar, o paciente deve estar descansado e ter dormido mais de 6 horas, além de estar bem alimentado. Caso tenha feito algum procedimento cirúrgico ou estético, o doador deve aguardar no mínimo seis meses para doar.
Para realizar a coleta do material sanguíneo, é preciso ir até um hemocentro, espaço dedicado exclusivamente ao recebimento das doações de sangue, portado de documento original com foto. Izabelly Miranda explica que é fundamental se apresentar em pontos de coleta confiáveis, onde haja materiais estéreis e descartáveis, além de fornecer todas as informações básicas após a doação.
São três passos simples. A primeira fase é o registro e a triagem clínica, onde são coletados os dados pessoais do doador. Após apresentar os documentos, ele precisa preencher um questionário sobre sua condição física. O paciente é avaliado por um profissional de saúde , caso esteja com tudo em dia, ele é conduzido a sala de coleta, que costuma durar 10 minutos. Após o procedimento, o doador recebe um lanche e orientações sobre os cuidados pós-doação.
Após a doação, o material é centrifugado e dividido em três componentes: hemácias, plaquetas e plasma. Depois, o sangue passa por exames laboratoriais e definição do tipo sanguíneo. Por fim, a bolsa é liberada para a transfusão, e é comumente utilizada em emergências e cirurgias, além do uso feito por pacientes oncológicos.
Para salvar vidas, basta um simples gesto de solidariedade que ultrapassa palavras e se materializa em ação. Com uma pequena doação de sangue, você pode se tornar a esperança para alguém em um momento crítico, transformando uma atitude altruísta em uma chance real de sobrevivência.
Por Victoria Muzi