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Portal Edicase
Publicado em 13 de março de 2024 às 11:25
O câncer de colo de útero, causado por uma infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV), é uma doença bastante conhecida entre as mulheres e tem preocupado os especialistas por suas altas taxas de incidência. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), no Brasil, o tumor ocupa o terceiro lugar entre os tipos de câncer que mais afetam as mulheres. >
Os números revelam a necessidade de esclarecer alguns fatos sobre a condição, como forma de prevenção e tratamento. Por isso, Samantha Cabral Severino, oncologista do Hospital Santa Catarina, explica o que é verdade ou não sobre o câncer de colo de útero. Confira: >
Verdade. Apesar de ser frequente, o câncer de colo do útero também pode ser prevenido: “A melhor forma de evitar a doença é com a vacinação disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual, pessoas com sistema imunológico comprometido com o HIV, transplantados e pacientes oncológicos. Outra forma de prevenção é fazer uso de preservativos e realizar rastreamento com coleta de citologia cérvico-vaginal, o exame de Papanicolau”, explica a Dra. Samantha Cabral Severino, oncologista do Hospital Santa Catarina. >
Mito. Nem todo caso de infecção por HPV irá evoluir para câncer de colo de útero. “Somente uma pequena proporção de infecções com alguns tipos específicos de HPV pode persistir e progredir para um câncer. Na maioria dessas infecções, o próprio sistema imunológico elimina espontaneamente”, informa a Dra. Samantha. >
Verdade. Também chamada câncer cervical, a doença é causada pela infecção genital por alguns tipos de papilomavírus (HPV), que é sexualmente transmissível. “Os principais sintomas do câncer do colo do útero são dor e sangramento vaginal durante a relação sexual, sangramento vaginal anormal, secreção vaginal e dor pélvica”, informa a oncologista. >
Segundo a médica, “os principais fatores de risco para o surgimento do câncer de colo de útero são infecções pelo HPV e condições que aumentam o risco de exposições ao vírus, como início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros, assim como outras doenças sexualmente transmissíveis, tabagismo, uso de anticoncepcionais orais e imunodeficiências”. >
Mito. Muitas mulheres mais velhas não percebem que o risco de desenvolver câncer de colo do útero ainda está presente à medida que envelhecem, porém, segundo o INCA, mais de 20% dos casos são diagnosticados em mulheres com mais de 65 anos. >
“A enfermidade raramente ocorre em mulheres que realizam exames regulares de rastreamento para câncer de colo do útero antes dos 65 anos. A idade média no momento do diagnóstico é aos 50 anos, mas a doença também é detectada em mulheres com idade entre 35 e 44 anos, sendo raramente encontrada em mulheres com menos de 20 anos”, explica a Dra. Samantha. >
Verdade. A doença pode ser tratada por meio de cirurgias, radioterapia ou quimioterapia, a depender de cada caso e da análise médica. “A cirurgia é indicada para tumores bem pequenos restritos ao colo do útero. Tumores maiores que 4 cm ou que atingem estruturas fora do útero são tratados com radioterapia e quimioterapia. Mesmo sem indicação de tratamento cirúrgico, esses tumores podem ser curados. Quando a paciente com câncer de colo de útero tem metástases em outros órgãos, o principal tratamento é a quimioterapia, que pode ser associada à terapia-alvo (antiangiogênicos) e imunoterapia”, finaliza a médica. >
Por Dayane Martins >