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Portal Edicase
Publicado em 22 de julho de 2024 às 18:02
O uso de ervas e plantas medicinais é uma prática milenar em muitas culturas ao redor do mundo, com potencial para aliviar sintomas de desconfortos intestinais e até mesmo melhorar a saúde mental. No entanto, algumas dessas plantas exigem cautela quanto ao consumo, pois podem causar interações medicamentosas ou colocar a saúde em risco em casos de condições preexistentes. >
“É importante ter em mente que cada pessoa é única e que as reações individuais podem variar. O recomendado é o consumo moderado para a maioria das ervas. É preciso não exagerar na quantidade, pois algumas substâncias presentes nas plantas podem ter efeitos colaterais em grandes quantidades”, afirma Ariane Braz A. C. Brasil, nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos. >
Abaixo, confira 7 ervas e plantas que devem ser usadas com cautela em chás! >
O chá de carqueja não é recomendado para mulheres grávidas e amamentando, devido à falta de estudos que comprovem sua segurança nesses períodos. Além disso, pode causar riscos para pessoas com doenças hepáticas, e o uso prolongado, provocar náuseas e vômitos. >
Muito utilizado para tratar sintomas digestivos e hepáticos, o boldo deve ser evitado por pessoas com doenças hepáticas graves e por aqueles que fazem uso de medicamentos anticoagulantes ou outros remédios metabolizados pelo fígado. >
“Existem vários chás que podem ajudar a aliviar a dor de estômago devido às suas propriedades calmantes e anti-inflamatórias. No entanto, é importante ressaltar que cada pessoa pode reagir de maneira diferente aos remédios naturais e, se a dor persistir ou piorar, é aconselhável procurar orientação médica”, explica Ariane Braz A. C. Brasil. >
Utilizada para aliviar sintomas de depressão leve, essa erva pode interagir com antidepressivos, anticoncepcionais e anticoagulantes, diminuindo sua eficácia. Além disso, pode causar fotossensibilidade, tornando a pele mais suscetível a queimaduras solares. >
O consumo excessivo do chá de cavalinha pode provocar deficiências de vitamina B1 e problemas renais. Além disso, é possível interagir com medicamentos diuréticos e anticoagulantes. A planta contém sílica, um mineral que, em grandes quantidades, é nocivo e prejudicial, especialmente durante a gravidez. >
O guaco é utilizado para auxiliar no tratamento de sintomas de doenças respiratórias, mas seu uso excessivo se mostra prejudicial para pessoas com problemas hepáticos graves devido ao risco de intoxicação. Além disso, a planta pode interagir com medicamentos anticoagulantes e antidiabéticos, diminuindo sua eficácia. >
O consumo excessivo de chá verde é capaz de representar riscos para a saúde, pois pode interagir com medicamentos anticoagulantes e antidepressivos. Além disso, devido ao seu alto teor de cafeína e aos compostos que interferem na absorção de ácido fólico, deve ser consumido com moderação por mulheres grávidas e que estão amamentando. >
O chá de camomila é geralmente seguro, mas em excesso causa possíveis contrações uterinas, devendo ser consumido com cautela por mulheres grávidas e lactantes. Além disso, pode interagir com medicamentos anticoagulantes, intensificando seus efeitos. >
Mesmo ervas mais comuns, como o boldo, podem levar a complicações de saúde quando consumidas em excesso. Portanto, é importante que o uso dessas plantas seja feito sob orientação de um profissional de saúde, especialmente para gestantes ou lactantes e para pessoas com condições de saúde preexistentes ou que estejam tomando outros medicamentos. >
Outro fator importante é a quantidade de planta utilizada em um chá : “O maior cuidado é em relação à quantidade de planta que será utilizada, para que não se consuma em excesso ou em quantidade menor do que é recomendado. O ideal é uma colher de sobremesa, ou a quantidade prescrita e/ou indicada da(s) erva(s)”, alerta a nutricionista Viviane Pereira. >