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Portal Edicase
Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 11:24
Derivada da Psicologia Positiva, que teve origem formal por meio das ideias do americano Martin Seligman, em 1998, a Psicoterapia Positiva é uma abordagem que se concentra no cultivo das boas emoções, nas qualidades individuais e nas atitudes que dão certo. >
“Ela se baseia na ideia de que focar nos aspectos positivos da vida pode promover o crescimento pessoal e ajudar na resolução de problemas. Em vez de se concentrar apenas em sintomas e patologias, essa abordagem busca fortalecer os recursos internos das pessoas para que elas possam enfrentar os desafios de forma mais eficaz”, esclarece Nathalie Gudayol, psicóloga, neuropsicóloga e pós-graduanda em Neurociência. >
Conforme explica Nathalie Gudayol, a psicoterapia positiva utiliza as seguintes técnicas: >
Além de trazer uma maior sensação de felicidade e satisfação com a vida, a psicoterapia positiva também oferece outros inúmeros benefícios. De acordo com Santiago Gomes, psicólogo clínico e especialista em Comportamento Humano, essa abordagem ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade e a melhorar os relacionamentos interpessoais. >
Ademais, a psicóloga Nathalie Gudayol comenta que o modelo terapêutico positivo aumenta a resiliência, isto é, a capacidade de enfrentar desafios e adversidades, facilita o desenvolvimento pessoal e melhora a qualidade de vida de forma geral. >
Segundo Santiago Gomes, a psicoterapia positiva é recomendada “para qualquer pessoa que deseja melhorar o bem-estar psicológico e desenvolver habilidades para lidar com os desafios da vida de forma eficaz”. >
Contudo, Ronan Mairesse, psicólogo e especialista em Psicologia Positiva e Desenvolvimento Humano, reforça que, para pacientes que sofrem com problemas emocionais e psicopatológicos mais graves, a psicoterapia positiva deve ser acompanhada de outras abordagens terapêuticas. >
A duração de um tratamento com a abordagem positiva pode variar conforme as necessidades do paciente e a gravidade dos problemas enfrentados. “Algumas pessoas podem encontrar benefícios significativos em apenas algumas sessões, enquanto outras podem se beneficiar de um tratamento mais longo e contínuo”, comenta Nathalie Gudayol. >
A psicoterapia positiva não está ligada diretamente ao uso de remédios. No entanto, em alguns casos, o tratamento farmacológico pode ser algo complementar quando recomendado por um médico. “A integração de intervenções positivas, de psicoterapia convencional e o uso de medicamentos pode potencializar os resultados de cura ou controle dos sintomas do paciente”, detalha Ronan Mairesse. >
Além disso, Rosângela Casseano, psicóloga e CEO da PsicoPass, ressalta que o uso de remédios somente poderá ser feito após a prescrição de um psiquiatra, que deverá trabalhar em colaboração com o terapeuta. >
O principal fator que diferencia a psicoterapia positiva dos outros modelos, segundo Viviane Aires de Aguirre, psicóloga, neuropsicóloga e docente na FAMESP, é a premissa da positividade. “Geralmente, as abordagens terapêuticas partem do que precisa ser melhorad o e acabam perdendo o foco naquilo que o paciente já apresenta de bom”, acrescenta. >
Além disso, Rosângela Casseano comenta que as demais diferenças se concentram nos objetivos terapêuticos. “Enquanto outras terapias podem se concentrar principalmente na redução dos sintomas ou na resolução dos problemas, a psicoterapia positiva busca promover um estado de florescimento pessoal”, finaliza. >