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Portal Edicase
Publicado em 14 de junho de 2024 às 13:28
A síndrome do impostor é um fenômeno psicológico que, segundo dados do International Journal of Behavioral Science , afeta cerca de 70% da população mundial, especialmente no ambiente profissional. Caracterizada por uma sensação persistente de inadequação e dúvida sobre suas próprias habilidades, essa condição pode ter um impacto significativo na vida dos indivíduos. >
A síndrome do impostor é uma condição psicológica em que indivíduos competentes e bem-sucedidos têm dificuldade em internalizar suas realizações, vivendo com o medo constante de serem expostos como “fraudes”, explica a psicóloga clínica Tatiane Paula. >
“As causas dessa síndrome são variadas e incluem fatores familiares e sociais, como crescer em ambientes onde o sucesso é altamente valorizado e o fracasso severamente criticado. Traços de personalidade, como perfeccionismo e alto neuroticismo, também contribuem, assim como experiências passadas que minaram a autoconfiança e reforçaram crenças de inadequação”, acrescenta. >
Segundo a especialista, os sinais mais comuns da síndrome do impostor incluem: >
A longo prazo, Tatiane Paula explica que a síndrome também pode resultar em problemas sérios de saúde mental, como: >
“Reconhecer os sinais e buscar ajuda é essencial para superar seus efeitos. Cultivar um ambiente que valorize o crescimento pessoal, reconhecer as realizações individuais e promover o apoio mútuo pode fazer uma grande diferença na vida daqueles que enfrentam essa condição”, diz a psicóloga. >
No âmbito profissional, a especialista explica que a síndrome do impostor pode levar à procrastinação, burnout e subdesempenho. “Pessoas afetadas frequentemente evitam tarefas por medo de falhar, trabalham excessivamente para compensar a sensação de inadequação e não se candidatam a promoções ou novos desafios devido à autossabotagem. No âmbito pessoal, a síndrome pode causar ansiedade, estresse, baixa autoestima e isolamento social”, diz Tatiane Paula. >
A psicóloga explica que o tratamento pode envolver uma combinação de abordagens, “como psicoterapia cognitivo-comportamental , aconselhamento, grupos de apoio e práticas de autocuidado, incluindo meditação e mindfulness”. >
Ela ainda destaca a importância da terapia para o tratamento da condição. “A terapia é uma ferramenta poderosa para superar obstáculos e fortalecer a resiliência. Lembre-se: pedir ajuda é um sinal de força, não de fraqueza. Com o suporte adequado, é possível transformar a maneira como nos vemos e alcançar uma vida mais equilibrada e satisfatória”, finaliza. >
Por Lais Fiocchi >