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Centro de Referência Paralímpico oferece prática esportiva para crianças com deficiência

Local abriu seleção com 60 vagas para crianças e jovens entre 7 e 17 anos

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 28 de agosto de 2024 às 06:00

Centro de Referência atende 147 crianças
Centro de Referência atende 147 crianças Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Praça da Concórdia, Paris, França. Esse é o lugar para o qual os olhos do mundo estarão voltados na tarde desta quarta-feira (28), durante a abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris. Ao todo, 280 atletas brasileiros participarão das competições, realizadas até o dia 8 de setembro. A delegação conta com oito baianos.

Em Salvador, os atletas têm o Centro de Referência Paralímpico Bahia, que abriu 60 vagas para a seleção de paratletas com idade entre 7 e 17 anos. Inaugurado em 2022, o espaço é fruto de uma parceria entre o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Unijorge; e atende 147 alunos com treinamentos nas modalidades de atletismo, bocha, badminton e tiro com arco.

Para se inscrever no Centro é necessário enviar um relatório/ atestado contendo CID, cópia RG (frente e verso), e telefone do responsável para o e-mail [email protected].

Os esportes são voltados para jovens com deficiência motora, paralisia cerebral, deficiência visual e deficiência intelectual, que apresentam CID 10: F70 a F79. O professor Wilson Brito Filho é um dos coordenadores e explica que o espaço tem como objetivo identificar e formar atletas para disputar em competições regionais e nacionais.

“Essa é uma oportunidade de oferecermos a possibilidade da prática esportiva a um grupo que historicamente não tem esse tipo de acesso. Esse projeto também transforma a vida desses meninos, já que eles viajam e constroem amizades. Toda essa rede de articulação é possibilitada com o esporte paralímpico e só faz melhorar a formação acadêmica e a vida dessas pessoas”, afirmou Brito Filho.

A bocha é uma modalidade exclusiva para atletas com paralisia cerebral. Já o time de badminton e o tiro com arco são compostos por jovens com deficiência motora ou deficiência intelectual. O atletismo é composto por esportistas com deficiências físicas, intelectual e visual. O treinador conta que, apesar do pouco tempo de existência, o projeto já conquistou resultados expressivos.

“Tivemos atletas conquistando medalhas em competições regionais e nacionais no tiro com arco, atletismo e badminton, além de títulos de campeonatos brasileiros e da etapa nacional das Paralimpíadas Escolares [evento do CPB para crianças com idade escolar]. Ainda não conseguimos medalhas na bocha, mas eu creio que ainda nesse ano alcançaremos esse resultado”, disse.

O professor conta que cerca de 16 jovens participarão da edição de 2024 das Paralimpíadas Escolares, que será realizada no próximo mês de dezembro em São Paulo. O número representa um crescimento em relação à delegação de 2023, quando nove alunos representaram o Centro. Ele também conta que os espaços foram adaptados para facilitar a mobilidade dos atletas. Outras adaptações ocorrem de acordo com a demanda dos jovens, de forma a contemplar todos que utilizam a quadra. Atualmente, há planos de implantar novos esportes, como o taekwondo e o remo.

“A gente está fazendo isso com cuidado, buscando fixar essas modalidades no espaço de forma a garantir que os meninos possam ter um lugar de destaque nas competições nacionais, regionais ou estaduais e quem sabe termos um atleta que em quatro anos esteja disputando os Jogos Paralímpicos em Los Angeles”, continuou.

Luan Pacheco Machado, 13 anos, é um dos atletas contemplados pelo projeto. Gessica Pacheco Machado, 33, mãe do garoto, conta que ele conheceu o espaço após a exibição de uma matéria na televisão e pediu para participar.

“Ele vai três vezes na semana. No começo, passou por todos os esportes, mas o professor o direcionou para o badminton. Ele gosta muito e já está pensando em ter uma carreira no esporte. Além disso, eu tenho outra filha que, quando vai no Centro, participa das atividades”, disse.

“Nós vemos o impacto do esporte na vida desses jovens. Algumas mães já relataram que os meninos melhoraram as notas e o comportamento na escola. Outras falam sobre diminuição no uso de medicamentos e melhora na qualidade do sono. Temos crianças com diversos tipos de deficiências convivendo de forma harmônica entre si e com a possibilidade de viajar e conhecer novas pessoas”, finaliza o professor Wilson.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela