Dia das Mães supera o dos pais nas vendas do comércio

Setor de vestuário, tecidos e calçados apresenta diferença de mais de 50 mil

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2024 às 05:15

Caneca da loja Domestic&Co, da Avenida Sete
Caneca da loja Domestic&Co, da Avenida Sete Crédito: Ana Lúcia Albuquerque/CORREIO

O impacto do Dia das Mães para as vendas do comércio no mês de maio supera a influência do Dia dos Pais em agosto. O setor de vestuário, tecidos e calçados, o mais procurado em ambos os dias comemorativos, apresenta claramente a discrepância. De acordo com dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-BA), a diferença foi de mais de 50 mil no ano passado.

Em maio de 2023, o comércio de vestuário registrou um faturamento de 461.761. Já em agosto, o valor foi de 415.820. Segundo Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio-BA, o Dia das Mães possui uma relação mais forte no varejo em razão do sentimento voltado para a data. "O sentimento para o pai é da lembrancinha, é da meia. Para a mãe, é sempre um presente melhor, é uma lembrança que as pessoas fazem com um carinho maior", explica. 

Em comparação ao valor atribuído a tudo que envolve comércio, desde vestuário a supermercados, o mês de agosto vence. No ano passado, foram 12,2 milhões registrados em agosto, contra 11,9, em maio. No entanto, esses números absolutos não apresentam uma concorrência fiel.

“Essa comparação é ruim, porque envolve veículos, materiais de construção e outras atividades que não são relacionadas a data”, explica Dietze.

Segundo o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas-BA), Paulo Motta, os segmentos de bens não-duráveis, roupas, acessórios bijuterias, floricultura e joias faturam 5% a mais no Dias das Mães do que no Dia dos Pais. “Esse faturamento é resultado de um universo maior de homenageadas”, diz Morra.

De acordo com os dados do Portal de Transparência de Registro Civil, a Bahia, da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), dos 2,5 milhões nascidos no Brasil, 172 mil não foram reconhecidos legalmente pelos pais — 5% a mais que em 2022. Na Bahia, 12,81 mil pessoas foram registradas sem o nome dos pais.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro