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Candidatos terão quatro minutos por questão, calcula professor; tempo é maior do que os estudantes do Enem têm
Larissa Almeida
Publicado em 3 de maio de 2024 às 09:15
O estudante de Biotecnologia Petkovic Nery, de 24 anos, está há meses se preparando para o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), previsto para acontecer neste domingo (5). Para além de focar nos conteúdos, ele se dedica também a pensar em como vai administrar seu tempo durante a prova. “Primeiro, tento saber quanto tempo tenho para cada questão levando em consideração o tempo de prova e número de questões. Não fico medindo quanto tempo gasto em cada uma delas, mas uso como base para saber se estou em um ritmo rápido ou lento, se posso me delongar mais em alguma questão ou não”, relata.
A estratégia utilizada por ele também leva em conta uma ordem específica para resolver a prova. Em provas com questões discursivas, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e como será o CPNU, o estudante conta que já tem em mente um método. “Busco saber qual o tema assim que pego a prova. Caso já tenha ideia de como estruturar o texto, faço um rascunho com tópicos principais a discorrer na hora de escrevê-lo. Se achar o suficiente, escrevo. Se não, vou para as [questões] de múltipla escolha e volto depois na esperança de encontrar algum suporte ao longo da prova ou esperar alguma ideia que não veio de primeira surgir”, detalha.
Esse método deverá ser repetido por Petkovic Nery no domingo. No entanto, de acordo com o professor de Matemática Jussilvio Pena, não é preciso tanto rigor com o tempo ou com a ordem de realização, como os estudantes adotam durante o Enem. Isso porque, os candidatos do CPNU vão ter 4 minutos por questão durante todo o tempo de prova.
Ainda assim, ele dá dicas para quem está incerto sobre como começar o exame. “No caso do turno da manhã, eu aconselho que a pessoa, quando pegar a prova, leia o texto, comece a fazer umas cinco questões de interpretação de texto, pare e vá para a redação ou questão discursiva. Lá, ela vê o tema, faz o rascunho da redação e volta para a prova objetiva”, aconselha.
Segundo Jussilvo Pena, é fundamental sobrar um tempo antes de passar a redação a limpo e de marcar todas as questões no gabarito. Ele chama atenção para o fato de que a Banca Examinadora, no caso a Fundação Cesgranrio, tem técnica de gabarito e, caso o candidato tenha estudado essa técnica, pode conseguir chutar as questões que ficou com dúvida com base nela. “São aquelas três ou quatro questões que a pessoa não respondeu, mas não vai sair chutando aleatoriamente. Se ela estudou sobre a Banca, vai saber da técnica de, através das questões que já fez, conseguir um, dois ou três pontos”, ressalta.
Ao concluir a resolução das questões, o recomendado é corrigir a redação e passar a limpo. Pela tarde, o professor afirma que não há critério e, como há uma pausa entre uma prova e outra, os estudantes podem resolver as questões de acordo com o que domina mais.
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro