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Alô Alô Bahia
Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 23:59
Começou nesta segunda-feira (13) e segue até o dia 26 de janeiro, a primeira edição da AFRO-ART – Feira de Arte Negra e Indígena, sempre das 10h às 19h, na Cardume Artes Visuais, no Pelourinho. Uma realização da AfrontArt – Quilombo Digital de Arte, o projeto visa reconhecer, visibilizar e contribuir para o desenvolvimento, profissionalização e geração de renda de artistas negros e indígenas. >
Com entrada gratuita, a feira tem como foco, através de um grande espaço expositivo, a democratização do acesso e formação do público para as artes visuais, bem como a construção de hábitos culturais e de consumo. O intuito do evento é descentralizar o cenário e movimentar o mercado das artes no Nordeste, ainda muito restrito e com poucas oportunidades para artistas negros e indígenas.>
A AFRO-ART propõe um diálogo com artistas contemporâneos da nova geração, com olhar decolonial, que, em sua grande maioria, não são representados por galerias e que, através da feira, poderão expor e vender suas obras, em um momento de reaquecimento e criação de um novo circuito econômico para as artes de Salvador.>
No espaço, estão também expostas obras de artistas com trajetórias em ascensão como Emerson Rocha, Rafaela Kennedy, Bernardo Conceição, Anderson AC, Roque Boa Morte e Robinho Santana. Apesar de jovens, alguns já vêm se destacando no cenário com suas obras presentes em exposições no MAR-RJ, Museu Afro – SP, CCBB DF, MAM BA, como é o caso de Rafaela Kennedy, Rainha F, Emerson Rocha, Bernardo Conceição e Yacunã. Além de obras premiadas como Amanda Tropicana e Matheus Leite.>
Cerca de 40 artistas estarão reunidos e mais de 80 obras estão sendo comercializadas, a preços que vão de R$ 3 mil e R$ 70 mil. “O objetivo central é gerar um impacto sócio-econômico na comunidade de artistas negros e indígenas brasileiros, que sofrem com a exclusão e o racismo institucional das artes visuais brasileiras tradicionais. Então, a feira tem sua curadoria focada em expor e vender arte autoral decolonial de jovens potências brasileiras das diferentes linguagens como fotografia, ilustração, escultura e pintura”, destaca Luana Kayodê, curadora ao lado da sócia, Raína Biriba.>