Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2024 às 22:37
Aliando solidariedade à criatividade, o projeto de atuação nacional e internacional ‘À Flor da Pele’ promove o aprendizado da arte de bordado há anos, bem como incentiva a doação de bonecas bordadas à mão para crianças e idosos em tratamento de saúde. Desde 2019, o Instituto ACM apoia a iniciativa por meio da realização semanal das oficinas de bordados na sua sede, que acontecem às quintas, na Rede Bahia, no bairro da Federação, em Salvador. Nesta quinta-feira (25), além das atividades usuais, a entidade recebeu a visita de 60 voluntários do projeto para uma ação integrativa. >
A visita ocorreu em celebração ao crescimento da iniciativa, já que, neste ano, Salvador ganhou mais um espaço de execução do projeto, que é a Biblioteca Comunitária de Sete de Abril. Atendendo a um convite da Liderança Comunitária, a oficina de bordados para iniciantes está em curso, com participação de 20 voluntárias. Claudia Vaz, diretora Instituto ACM, destacou a importância da iniciativa. >
“Esse é mais um dos projetos do Instituto que veio para contribuir, fomentar e promover, através da cultura, o desenvolvimento socioeconômico do estado. É um projeto que trabalha muito o lado social não só da boa ação para as pessoas que precisam de um pouco de alento e de carinho, mas que também serve como contrapartida de um ofício para cada voluntária que vem aprender a prática do bordado. Ainda, ajuda no processo de terapia e de cura”, frisa. >
Com três polos em funcionamento, sendo um no Instituto ACM e os demais na Fundação Aleixo Belov, situada à Rua Direita do Santo Antônio, e na Biblioteca Comunitária de Sete de Abril, o projeto tem expectativa de expansão e até mesmo de se tornar uma associação de bordadeiras. Até o momento, mais de 200 bonecas já foram entregues. >
Líder comunitária de Sete de Abril, Gicélia Melo, 60 anos, disse que, na região onde atua, o projeto tem o objetivo de atingir, principalmente, mulheres, jovens e crianças para que possam se lançar no empreendedorismo. “No curso de dois meses que fizemos, aproximadamente 25 mulheres foram impactadas. Isso foi muito gratificante para nós. [...] O bordado foi muito importante. Elas aprenderam e daí já têm uma fonte de renda, [pois] podem dar continuidade e fazer suas bolsas, almofadas e, assim, vender e ganhar dinheiro”, aponta. >
Voluntária do projeto há quatro anos, Cristiane Villas-Bôas, 58, conta que antes não sabia bordar, mas hoje já consegue ensinar às novas voluntárias. “Fui aprendendo e me encantei, porque o bordado, além de ser terapêutico, pode ser feito para geração de renda. Então, hoje eu sou voluntária e dou aula de bordado para iniciantes. Fico muito feliz de poder estar contribuindo, porque é um projeto de amor, que também. lembra das memórias afetivas. Quando a gente vai entregar a uma idosa, a primeira coisa que ela faz é abraçar e lembrar dos filhos quando pequenos”, fala. >
Conhecidas como ‘fadas bordadeiras’, as voluntárias bordam as bonecas que trazem histórias autorais da artista plástica e professora Terezinha Bevilaqua sobre superação, solidariedade e amor. “São dez histórias, cada história baseada numa vivência que ela teve, então, depois que escolhemos as histórias para abordar e fazemos as bonecas, contamos a história para quem doamos. O que mais me encantou foi essa conscientização que as histórias são de vivências dessa fundadora do projeto”, finaliza a voluntária Paula Veloso de Castro, de 58 anos. >