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Larissa Almeida
Publicado em 26 de abril de 2023 às 16:17
Terceira testemunha a ser ouvida no júri popular do caso Lucas Terra nesta quarta-feira (26), o pastor Gilberto da Silva Carvalho afirmou que a Igreja Universal não submete pastores à Justiça se eles demostraram arrependimento por um eventual crime, ainda que este seja o de pedofilia. >
"Se um pastor tiver culpa, ele não pode mais usar o uniforme de pastor ou de obreiro, mas continua como membro da igreja. A igreja não fecha as portas para ninguém", disse.>
Depois, ao ser diretamente perguntado pela acusação se ele, enquanto pastor, denunciaria outro pastor à polícia pelo crime de pedofilia, a resposta proferida por Gilberto foi "não". Antes, ele também disse que, em seus 36 anos de vínculo com a Igreja Universal, nunca ficou sabendo de casos de pedofilia ou de membros homossexuais.>
Testemunha de defesa do pastor Fernando Aparecido da Silva, Gilberto era o pastor titular da Igreja Universal do Vale das Pedrinhas na época do crime. Ele contou que prestava contas na Igreja Universal da Pituba, que tinha o pastor Joel Miranda, outro acusado de envolvimento no assassinato de Lucas, como líder. >
Gilberto ainda acrescentou que na noite do crime os suspeitos Fernando Aparecido e Joel Miranda estavam na igreja na Pituba até às 21h40 e que era impossível, dado o movimento após o culto, que eles tivessem tido alguma relação sexual. "Não tem como, porque imagine, estava lá vários pastores com as esposas. Não tinha como", reiterou.>