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Raquel Brito
Publicado em 30 de agosto de 2023 às 06:00
Nos próximos quatro anos, uma parceria entre a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e a Fundação Maria Emília (FME) oferecerá duas bolsas integrais, por semestre, a estudantes de baixa renda, no curso de medicina. >
As 16 bolsas de estudo integram o Programa Medi+, que é uma das muitas iniciativas da Fundação Maria Emília, uma organização privada sem fins lucrativos, cujo objetivo é gerar impacto positivo nas áreas de saúde e educação, apoiando estudantes e profissionais em busca de oportunidades. >
As bolsas, projetos de pesquisa, programas de estágio focam na Bahia, mas contemplam pessoas de todo o Brasil. Essas chances vêm em forma de editais elaborados pela própria FME ou por parcerias com instituições. Além do Medi+, está entre as mais recentes a parceria com a Universidade Federal da Bahia, que resultou em 20 bolsas de iniciação científica.>
Educação e formação >
Atualmente, existem 14 projetos e uma publicação de obra em andamento pela FME, além de 61 bolsistas, sendo 56 nacionais e 5 internacionais. No Brasil, o programa Educa Saúde FME concedeu 20 bolsas integrais de pós-graduação em 13 especialidades, distribuídas em diversas instituições de ensino.>
A nível internacional, foi consolidada parceria com a Johns Hopkins University, uma das principais universidades do mundo na área médica, localizada nos Estados Unidos. Com o apoio da FME, só em 2023, cinco brasileiros formaram-se no mestrado de Saúde Pública desta instituição. >
Uma das estudantes contempladas pelos projetos foi Letícia Nunes Campos, de 24 anos, que cursa medicina da Universidade de Pernambuco. Através do projeto, Letícia pôde dedicar um ano à ciência como Pesquisadora Colaboradora no Programa de Cirurgia Global e Mudança Social, da Harvard Medical School. “Enquanto estudante de medicina, estava em uma situação vulnerável para garantir os recursos necessários e realizar esse estágio em pesquisa. A Fundação não só possibilitou minha participação por meio de uma bolsa de estudos, mas também me orientou para aproveitar ao máximo essa experiência”, afirma a jovem.>
Homenagem >
A FME, idealizada pelo empresário Pamphilo Pedreira, nasceu em 1998, e foi batizada com o nome da própria mãe, como uma homenagem.>
Em 1996, o falecimento de Pedreira revelou, no testamento, um de seus sonhos antigos: instituir uma fundação de fomento a pesquisas e políticas de inclusão em educação e saúde. >
Com a revelação, estavam os recursos necessários para que o desejo do empresário fosse realizado.Sem herdeiros diretos, Pedreira deixou o comando da organização para seu sobrinho, Paulo Sérgio Tourinho, que liderou a Fundação até seu falecimento, em 2018. >
Desde então, o projeto tem como diretoras Thereza Tourinho, filha de Paulo Sérgio, que ocupa a presidência da Fundação, e Thamile Accioly, Diretora Executiva. Para Thamile, um dos diferenciais da FME é o contato constante com aqueles que foram beneficiados. >
“Nós mantemos sempre esse canal aberto com todo bolsista que apoiamos. A gente cria uma relação muito bacana e eles se sentem pertencentes à Fundação. Cada um vem tentando retribuir de alguma forma”, completa.>
*Com a orientação da sub-chefe de reportagem Monique Lôbo>