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Separação é o principal motivo de violência contra a mulher na Bahia

Violência psicológica é a principal arma do agressor; em agressões físicas, armas brancas são as escolhidas

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 8 de março de 2025 às 07:00

Violência contra mulher
Violência contra mulher Crédito: Freepik

Uma mulher de 28 anos, identificada como Tamara Idizio Feitosa, foi morta a tiros pelo ex-companheiro na frente da filha de 10 anos, no último dia 11 de janeiro. O crime, que aconteceu na cidade de Barreiras, no Oeste da Bahia, foi motivado pela inconformidade do agressor com o fim do relacionamento. O caso, apesar de chocante, não é isolado. Segundo um estudo do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), separação é o principal motivo de violência contra a mulher na Bahia.

O principal tipo de violência cometido contra mulheres é a psicológica (42,82%). Ela é caracterizada por manipulações, controle, ameaças, isolamento social imposto pelo parceiro, bem como outras formas de intimidação. De modo geral, a relação da vítima com o agressor é íntima de afeto (86,12%).

A residência, que em tese deveria ser o lugar de maior segurança, é o que mais oferece perigo às mulheres (64,34%). Grande parte dos episódios de violência contra elas ocorre no ambiente doméstico, no turno da noite (44,99%). “Geralmente, os finais de semana e feriados são uma tragédia. Uma médica que trabalha no Nina Rodrigues já disse que, nos plantões de finais de semana, as mulheres são a maioria das vítimas ali”, conta a desembargadora Nágila Maria Sales Brito, presidente da Coordenadoria da Mulher no TJ-BA.

“Às vezes, os casos não chegam a ser letais, mas são tão graves que elas vão direto para a UTI. Acredito que a bebida em excesso e as drogas levam a tudo isso, também”, aponta a desembargadora.

As agressões contra as mulheres ocorrem com o uso majoritário de arma branca (85,98%), ou seja, objetos perfurocortantes, como facas e tesouras. Na última terça-feira (4), por exemplo, uma mulher de 22 anos foi esfaqueada com um facão pelo ex-companheiro da mãe, que não aceitava o fim do relacionamento. Juliana da Luz foi atingida no pescoço, braços e na cabeça, mas sobreviveu e passa bem.

Lanai Santana, pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia (PPGNEIM – Ufba), defende que casos de violência de gênero podem ser coibidos com atenção aos sinais de alerta e adoção de medidas.

“Dentre elas, fortalecer a rede de apoio e proteção para as mulheres vítimas de violência, promover a conscientização e a educação sobre a igualdade de gênero e a não violência, implementar políticas públicas eficazes para prevenir e combater a violência contra as mulheres, e fomentar a participação ativa da sociedade civil e das comunidades na luta contra a violência”, ressalta.