Universidades e institutos federais realizam ato de rua em defesa da educação

Movimento acontece nesta segunda-feira (3). Em Salvador, a manifestação começa no Campo Grande e vai até a Piedade

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2024 às 19:01

Manifestação na reitoria da Ufba
Manifestação na reitoria da Ufba Crédito: Marina Silva / CORREIO

Nesta segunda-feira (3), professores, estudantes e servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais em greve realizam um ato nacional em defesa da educação. Em Salvador, a manifestação começa 14h no Campo Grande e segue rumo à Praça da Piedade.

“A universidade se democratizou, teve mais acesso a estudantes das classes populares, mas o orçamento foi reduzido drasticamente. Lutar pela recomposição orçamentária é lutar pelo direito à permanência desses estudantes”, afirma Rodrigo Pereira, professor da Faculdade de Educação da Ufba.

A mobilização, em todo o território nacional, ocorre no mesmo dia de uma nova reunião entre os grevistas e o governo federal para tentar reabrir as negociações sobre a pauta salarial e reivindicar a recomposição orçamentária das instituições.

“O Movimento Docente quer negociar. Queremos um acordo que seja justo. Um acordo que leve em consideração a difícil conjuntura que vivemos, mas que tenha como base o cumprimento das promessas de campanha”, afirma o professor Henrique Saldanha, do Instituto Multidisciplinar Reabilitação e de Saúde (IMRS) da Ufba. “A ausência de recursos para o básico de custeio e para o investimento em infraestrutura, somado a um arrocho salarial que faz com que as perdas salariais desde 2016 ultrapassem os 30%, fez eclodir a greve nacional da educação”, explica Saldanha.

Proposta rejeitada

O acordo sobre salário, assinado no dia 27 último pela Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico) com o governo federal, foi rejeitado pela ampla maioria de assembleias docentes do país, incluindo das universidades e institutos organizadores do ato na Bahia. Nele, o governo propõe reajuste zero para 2024, enquanto os docentes pedem que haja uma reposição das perdas inflacionárias.

O ato da manifestação é assinado pelo comando de greve docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (Apur), o Sindicato Docente da Universidade Federal do Sul da Bahia (SindiUFSB), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior(ANDES-SN), e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica Profissional (Sinasefe), com suas representações no interior e na capital. O ato é ainda apoiado pela Apub (Sindicato dos Professores das Instituições de Ensino Superior da Bahia) e pela Aduneb (Associação de Docentes da Universidade do Estado da Bahia), que está em mobilização junto com as demais universidades estaduais.