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Maysa Polcri
Publicado em 15 de janeiro de 2024 às 07:00
Desde que foi lançado, em 19 de dezembro, o aplicativo que faz alertas para operadoras e bancos em casos de celulares furtados foi utilizado 781 vezes na Bahia. Quando acionada, a ferramenta Celular Seguro envia notificações para que as contas das vítimas sejam bloqueadas, aumentando a segurança do usuário e evitando perdas ainda maiores. >
O aplicativo está disponível para sistemas Android e IOS e também pode ser acessado no site. Após baixar o aplicativo ou acessar a plataforma online, o usuário precisa fazer o login por meio da conta gov.br. >
O usuário deverá cadastrar seu aparelho informando o número, marca e modelo. Pode ser registrado mais de um dispositivo, mas a linha deve estar cadastrada no CPF do usuário.>
O sistema permite o cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, que poderão auxiliar criando ocorrências em nome do usuário. Em caso de perda ou roubo, o usuário ou a pessoa de confiança poderá registrar uma ocorrência por meio do site ou do aplicativo.>
Após descrever quando, onde e como ocorreu o problema, o sistema emitirá alertas para instituições participantes, para que tomem as ações necessárias, como o bloqueio de aplicativos financeiros, do aparelho e da linha telefônica.>
Anderson Kleyton Laviola, head do centro de operações da Asper, empresa especializada em cibersegurança, explica quais podem ser os riscos caso o bloqueio do celular não seja feito com agilidade. “Um dos problemas que muitas pessoas não se preocupam, mas que pode gerar muita dor de cabeça é o vazamento de dados pessoais. Atualmente armazenamos tudo no celular, CNH, carteira de trabalho, identidade, entre outros”, diz. >
Fotos de vídeos das vítimas também podem ser usadas para fraudes. “Com apenas algumas fotos do rosto da pessoa, os fraudadores conseguem passar o sistema de autenticação do banco e também é possível criar uma conta corrente com as informações do aparelho”, continua. >
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) alerta para fake news que estão sendo espalhadas na rede sobre o funcionamento do Celular Seguro. A pasta afirma que o governo federal não acessa nenhum dado que esteja no telefone do usuário e que o funcionamento segue a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). >
A ferramenta apenas faz a interligação entre a pessoa vítima de um crime e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e empresas parceiras do Projeto.>