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Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 11:08
- Atualizado há 2 anos
Ao todo, oito países têm um quarto ou mais da sua população passando fome em situação de emergência, revelou o último relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) elaborado por duas agências do organismo. A informação é da Agência EFE.>
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) informaram nesta segunda-feira (29) em comunicado conjunto que a insegurança alimentar em países afundados em conflitos continua piorando, fazendo com que a ajuda humanitária seja de "extrema importância".>
O relatório identificou 16 países com sérios problemas de alimentação, dos quais oito enfrentam crise ou emergências que afetam um quarto ou mais da população. O caso mais preocupante é o do Iêmen, onde 60% dos habitantes (17 milhões de pessoas) sofrem fome severa, seguido do Sudão do Sul, com 45% da população (4,8 milhões) em situação semelhante.>
A guerra na Síria fez com que 33% da população do país sofra com altos níveis de insegurança alimentar (6,5 milhões de pessoas), a mesma porcentagem do Líbano, com 1,9 milhões de famintos devido ao grande número de refugiados sírios lá.>
Três de cada dez pessoas sofrem com níveis críticos de fome na República Centro-Africana (1,1 milhões de pessoas), enquanto que a porcentagem é 26% na Ucrânia (1,2 milhões) e de 25% tanto no Afeganistão (7,6 milhões) quanto na Somália (3,1 milhões).>
Frente às crises que receberam mais atenção em outras partes da África, as agências mostraram "preocupação" pela rápida deterioração vista na República Democrática do Congo, onde calcula-se que a crise alimentar pode afetar 7,7 milhões de habitantes (11% da população).>
No Sudão o número de pessoas com graves problemas de insegurança alimentar é 3,8 milhões; no Iraque, 3,2 milhões; no entorno do Lago Chade (entre Chade, Níger, Nigéria e Camarões), 2,9 milhões; no Burundi, 1,8 milhão; e no Haiti, 1,3 milhão.>
Em 2016, o cálculo era que 815 milhões de pessoas passavam fome no mundo, sendo que 489 milhões (75%) viviam em zonas afetadas pela violência.>