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Perla Ribeiro
Publicado em 2 de maio de 2025 às 09:56
Quando a fumaça branca começar a sair da chaminé instalada em cima do telhado da Capela Sistina, no Vaticano, o mundo saberá que foi escolhido o sucessor do papa Francisco. E os preparativos para esse momento estão a todo vapor. De acordo com informações de agências internacionais, bombeiros do Vaticano foram vistos, na manhã desta sexta-feira (2), instalando a chaminé em cima do telhado da Capela Sistina, onde acontecerá o conclave a partir de 7 de maio. >
A chaminé será o fio condutor da comunicação entre o conclave e o resto do mundo para comunicar a chegada do novo líder da Igreja Católica Romana e é claramente visível da Praça São Pedro, onde é esperado milhares de fiéis para acompanhar o andamento da votação secreta. >
A chaminé será conectada a dois fogões, um de ferro fundido e outro mais moderno. O primeiro é datado de 1939 e será usado para queimar as cédulas de votação, enquanto o segundo é mais recente, de 2005, e será utilizado para queimar as bombas de fumaça que deverão dar a cor preta, em caso de não eleição, e a cor branca, na escolha do sucessor do papa argentino, que morreu no último dia 21 de abril. >
A fumaça é gerada pela queima das cédulas de votação. Cada cardeal escreve o nome do candidato. Para a eleição ser válida, é necessário o apoio de pelo menos dois terços dos cardeais presentes. A fumaça escura pode aparecer mais de uma vez até que o consenso seja alcançado.>
A história da fumaça é cheia de foclores, porque, antigamente, nem sempre a cor era evidente, pelo menos no início. Justamente por isso que se decidiu, desde a eleição de Joseph Ratzinger, o Bento XVI, em 2005, acompanhar a fumaça branca com o toque dos sinos. Desta forma, a mensagem que sairá da Capela Sistina, ou seja, há um novo Papa, será inequívoca. Próximo da chaminé, como habitual, deverá ter uma câmera da mídia do Vaticano, além do reforço das luzes para tornar evidente qualquer fumaça à noite. >
O conclave para eleger o novo papa reunirá 133 cardeais, sendo cerca de 80% nomeados por Francisco, e começará na próxima quarta-feira (7) na Capela Sistina, que foi fechada para visitação. Os dois últimos processos, realizados em 2005 e 2013, terminaram no final do segundo dia de votação. Na história da Igreja, porém, já houve eleições que duraram semanas.>