20 anos dos Sopranos, volta de True Detective e mais

Por Carol Neves

  • D
  • Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 14:21

- Atualizado há um ano

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Os Sopranos completou 20 anos na semana passada. Seus herdeiros profundos foram poucos, menos do que se pode imaginar, (leia esse excelente texto na Piauí), mas a série continua sendo uma das maiores da história da televisão (em minha opinião, a maior).

A icônica série trazia um protagonista como nenhum antes. Tony Soprano é uma chefão da máfia que para tentar driblar crises de ansiedade começa a fazer terapia. Gandolfini emprestava um carisma único ao personagem, capaz de fazer o público continuar a torcer por ele, de algum modo, mesmo depois do brutal episódio "College", que mostra Tony assassinando um antigo associado que abandonou a máfia e virou informante - e isso durante uma viagem para que a filha visite faculdades. De lá para cá, os antiheróis viraram figurinha batida na TV - a maioria, sem a mesma qualidade, beirando o clichê. 

O seriado tinha sua galeria de personagens marcantes e os acertos de contas dos mafiosos podem fazer a gente esquecer como o seriado podia ser maravilhosamente estranho. Sequências de sonho, longos desvios nas vidas de personagens secundários, às vezes quase como uma crônica, um espírito experimental que nunca deixou o seriado e desafiava as expectativas. Sopranos abriu o caminho no convencimento da indústria da TV de que jogar as fórmulas para o alto e apostar nas ideias inusitadas de criadores podia dar certo.

Para quem gosta, saiu este mês o livro "The Sopranos Sessions", escrito pelos críticos de TV americanos Alan Sepinwall e Matt Zoller Seitz, que na época que o seriado foi ao ar escreviam para o The Star-Ledger, jornal mais importante de New Jersey - e que era lido na própria série por Tony Soprano. No livro, os jornalistas revisitam todas as temporadas dos Sopranos e entrevistam o criador David Chase, que deixa escapar quase casualmente o que realmente aconteceu no final aberto, que por muito tempo dividiu o público. Steven Van Zandt, Michael Gandolfini e Tony Sirico de Os Sopranos (Foto: Anthony Neste/HBO) Retorno à boa fase True Detective voltou com dois episódios no domingo na HBO. Com Mahershala Ali no centro da história, a série parece ter voltado aos bons tempos da primeira temporada, depois da queda de qualidade na segunda. A série tem novamente linhas do tempo diferente - são três - e acompanhamos a investigação sobre o desaparecimento de duas crianças. Ali está muito bem, inclusive na caracterização envelhecida de seu personagem. O elenco ainda conta com Stephen Dorff, Carmen Ejogo, Scoot McNairy e Mamie Gummer, entre outros. Calendário atualizado Abril vai ser animado! Anote aí as datas do retorno de duas grandes séries. Game of Thrones, cuja temporada final tem tudo para ser o evento televisivo do ano, começa a exibir os episódios finais em 14 de abril. A HBO aproveitou a estreia de True Detective para divulgar a data junto com um teaser que traz os irmãos Stark em uma cena intrigante (veja abaixo). Antes, em 7 de abril, teremos a segunda temporada de Killing Eve, série que tem rendido prêmios à protagonista Sandra Oh (e entrou nas nossas melhores do ano de 2018). Vem coisa boa por aí.

Veja o teaser de GOT:

Série alemã chega ao Brasil Uma boa notícia para quem tem Globosat Play: as duas temporadas da série alemã Babylon Berlin chegaram ao serviço de uma vez só. Uma excelente pedida para quem gosta de histórias de mistério e de época - a série se passa na Berlim dos anos 1920, com um policial chegando à capital para investigar uma rede de pornografia. Saiba mais vendo esse vídeo do Comentários em Série do ano passado.