Agentes penitenciários impedem acesso ao Complexo da Mata Escura

Eles estão em paralisação por questões trabalhistas e salariais

  • Foto do(a) author(a) Nilson Marinho
  • Nilson Marinho

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 08:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Agentes penitenciários terceirizados da Penitenciária Lemos Brito, do Complexo prisional da Mata Escura, paralisaram as atividades desde as 6h desta terça-feira (15), impedindo que colegas de profissão e familiares dos presos entrem no espaço. 

Os agentes cobram o cumprimento de um ajuste salarial firmado entre a categoria e a empresa Socializa Brasil em agosto do ano passado. De acordo com o agente financeiro do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindap), Antônio Reis, 50 anos, a empresa cumpriu com o acordo nos meses seguintes, depositando 22% de acréscimo no salário dos agentes. 

Mas, ainda de acordo com ele, no mês de dezembro, a categoria foi pega de surpresa com a redução de quase 40% do salário. "Um acordo entre o Governo e a Superintendência do Trabalho foi descumprido. Fomos pego de surpresa com a empresa voltando atrás e alegando que não iria mais pagar o valor", disse Antônio.

A paralisação segue pelas próximas duas horas até que os penitenciários possam se reunir com representantes da empresa. Caso contrário, afirma a categoria, sem um acordo, os agentes entrarão em estado de greve.

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização informou, em nota, que está tentando, com o apoio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), resolver esse impasse entre a Empresa Socializa e o Sindicato dos Monitores de Ressocialização.

"Amanhã (16) está prevista uma audiência na Superintendência Regional do Trabalho (SRTE), em que o Estado, mesmo não sendo parte no processo, será representado pela PGE, com o intuito de buscar uma solução entre as partes envolvidas. Hoje, os monitores do Conjunto Penal Masculino de Salvador fizeram uma paralisação de 3h, mas as atividades já foram normalizadas e as outras unidades não foram afetadas", afirmou a Seap, na nota. 

*com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier